O que é o Amor? - Tom Riddle

Tempestade

Maitê se revira na cama bagunçando o lençol. Ela franzia suas sobrancelhas em um careta. Há cadê revirada, o cabelo dela grudava ainda mais no rosto suado da morena.

A chuva estava forte, e os trovões faziam tanto barulho, que poderiam acordar os indivíduos que tem sono leve. Raios eram desperdiçados sobre o solo da terra. O céu brilhava há cada raio que o iluminava.

Mesmo com o clima estando úmido e frio, Maitê ainda sim suava. Ela parecia queimar de febre, e soltava alguns gemidos de dor.

Tom a observava dormir, adentrando a mente dela para visualizar o que a levou a esquecê-lo.

Isso era uma das coisas que ele fazia quando não conseguia entender o motivo dela tê-lo esquecido. Como Anweris poderia abdicar das memórias de seu primeiro amo, abdicar das memórias de Tom?

O lorde a encarava com seriedade. Era inegável, que mesmo tendo se reaproximando dela, o homem ainda sentia muito ódio dela.

— Você não merece nem um pouco do que eu posso lhe oferecer... - Acariciou o rosto dela, observando-a voltar seu rosto para o lado oposto ao dele. — E mesmo assim, cá estou eu. - Observou as coisas que haviam sobre o criado mudo dela. — Obcecado por você, meu amor. - Selou seus lábios contra a bochecha da mulher. — Você me deixa maluco... Até que ponto vou aguentar não tê-la totalmente? - Segurou o rosto de Maitê com delicadeza.

Ele ainda podia visualizar a silhueta adormecida de Anweris quando ela ainda tinha dezesseis anos. Ele amava dormir ao lado dela, observá-la dormir. Seu semblante ingênuo e angelical o fascinava.

Após todos estes anos, Tom não esperava reencontra-lá desta maneira. Era como se sua Maitê ainda estivesse ali, só que menos doce e amável.

— Meu amor... Você sabe que deve sofrer por magoar seu Tom, não sabe? - Indagou caminhando até a ponta da cama. — Mas eu não consigo fazê-la sofrer, e não vou permitir que alguém a faça sofrer, jamais. - Acariciou a panturrilha da mulher de forma graciosa e lenta.

Ele se coloca sentado sobre o assento da penteadeira de Anweris, voltando seus olhos para a janela antes que ele percebesse que ela havia despertado de seu pesadelo. Mesmo assim, Maitê não podia vê-lo, afinal, Tom é bastante seguro de suas ações, e já obteve experiências desagradáveis ao não garanti-las.

— Mas... - Ela murmurou colocando-se sentada sobre a cama. — O que... - Voltou seus olhos para o relógio que marcava três e trinta e cinco da manhã enquanto Tom a observava atentamente. — Oh céus, amanhã tenho compromisso logo cedo. - Suspirou em tédio.

Maitê se colocou de pé, caminhando até o banheiro e voltando de lá após cinco minutos, agora com suor não presente em seu corpo.

Como sua camisola se mantinha encharcada por conta do suor, ela se dirigiu até seu guarda-roupa, a procura de uma roupa limpa e confortável.

Deste modo, retirou o tecido que estava presente em seu corpo, fazendo com que apenas suas peças íntimas permaneçam sobre sua estrutura. Tom, observava o momento de forma satisfatória, com um pequeno e safado sorriso labial que nem mesmo ele havia percebido.

O lorde endireitou seu corpo sobre a cadeira, o que foi perceptível para Maitê por conta do barulho. A mesma voltou sua atenção as suas costas, enquanto cobria seu corpo com a outra camisola que havia escolhido.

Dando fim a diversão visual do homem, ela coloca o tecido quase transparente, caminhando até sua penteadeira. Maitê se inclina sobre a mesa, notando uma pequena sombra em seu espelho, ficando quase sobre o homem que a observava fascinado.

Anweris segura sua varinha de forma inesperada, apontando para a cadeira em que Riddle se mantivera sentado até então. De repente, ela nota o vapor de uma fumaça escura embaçar sua visão.

No dia seguinte, Maitê desperta sobre sua cama, e com a varinha sobre a penteadeira, como se ela tivesse apenas sonhado todo o momento.

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Um capítulo curtinho, mas para matar essa ansiedade de vocês, amores❤️

Espero que tenham gostado, e me perdoem por não poder postar novos capítulos toda semana, eu só estou um pouco ocupada com minhas provas finais❤️