𝐂𝐚𝐬𝐬𝐢𝐞 𝐋𝐚𝐫𝐮𝐬𝐬𝐨 é uma garota forte, mas que se machuca quando vê seus amigos em situações ruins ou sendo machucados por outras pessoas.
Cansada dessa realidade, ela decide fazer Karatê com o homem do centro comercial, que ajudou a ela e...
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5. Alunos novos.
— Qual a segunda regra do método do punho? - Sensei pergunta enquanto batemos nas coisas de socar - que eu nunca sei o nome - nas mãos dele.
— Acerte firme! - Respondemos.
— Só há um motivo para bater em alguém, para machucar. - Paro os socos. — Algum problema senhorita Cassie?
— Não, sensei. - Volto ao treinamento.
— Acertar firme é dar tudo de si.
O barulho do sininho mais uma vez é ouvida, e sensei abaixa os "socadores".
— O que é isso? - Ele olha para a porta. — O yoga é só a partir das 17. — Olhei para trás e percebo ser Aisha.
— Eu vim para fazer Karatê. - Arrumo a postura. — Vi o seu site, dizia que haveria uma aula hoje.
— Agradeço por ter vindo mas não tem garotas no cobra kai. - Me viro rapidamente para encara-lo, eu devo ser uma piada para esse maluco. — Tirando a Cassie, é claro.
— Mas porque? - Aisha questiona.
— Como também não tem mulheres no exército. Não faz sentido. - Olho para Miguel que entendeu o que eu queria dizer.
— Sensei, preciso mostrar uma coisa no escritório.
Andamos para fora do tatame, colocando nossos sapatos e fazendo um cumprimento para Aisha, logo seguindo para o escritório.
— Não venham me falar de sexismo, mulheres não devem lutar. - Ele se senta na mesa. — Cassie é a única exceção porque já vi o que ela pode fazer.
— Não quer novos alunos? - O questionei.
— Sim, mas isso não é uma aula de tricô, é um dojô.
— Os garotos da escola fazem bullying com ela. - Eu me encosto na parede, apoiando um dos meus pés e cruzando os braços.
— É o que acontece quando se come um bolo inteiro todos os dias. - Que merda, sério que tive que ouvir isso?
— Não deve falar assim de novo sensei, por favor. - Suspirei.
— Porque? Eu não menti! - É inútil tentar discutir com ele.
— O pai dela é Isaiah Robinson. - Sensei o olha confuso, sem saber quem é. — O jogador famoso dos Chargers.
— Está dizendo que é genético? A gula vem do pai?
— Não Sensei! - Desencosto da parede e me aproximo. — O pai dela é rico, ela vai pagar pelas aulas. Mas não está precisando do dinheiro né? - Apoio minhas mãos na mesa.
Ele desiste e finalmente vai para fora, e o seguimos também.
— Tire os sapatos e sobe no tatame. - Sensei a ordena e ela sorri para mim, fazendo o que ele pediu. — Depois de uma reflexão, decidi permitir alunas. Mas se quiser ficar, não pode agir como uma mulherzinha. - E lá vai ele de novo.
