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                                    6. Falcão.

— Soube que estava de papinho com a minha irmã hoje. - Finjo cerrar o olhar para Miguel e ele recua.

— É, mas só estávamos fazendo um trabalho, só isso! - Levantou as mãos balançando a cabeça.

— Relaxa, Diaz! - Eu ri vendo o quanto o garoto ficou nervoso. — Acho legal vocês terem conversado. Só não me troquem. - Ameacei.

— Não se preocupa, Cass. - Ele sorri e logo o sensei aparece.

— Todos em seus lugares! - Ordenou. — Cadê todo mundo? O cratera, o piercing, o estilingue? - Abriu os braços esperando uma resposta.

— Desistiram, sensei. - Respondi colocando as mãos para trás do corpo.

— Sério? Quer dizer, muito bom. Aquilo foi um teste. - Se aproximou, encarando os garotos. — Para ver quem era bunda mole, agora vocês estão aqui para vencer! Podiam estar em casa fazendo nada mas estão aqui, aprendendo a lutar. - Apontou para Eli. — Até o lábio é mais durão que aqueles caras. Ele não é um bunda mole.

— Por favor, não me chame assim. - Eli se pronunciou e eu o olhei surpresa.

— Como é? - Ai que merda! Demitri não está aqui para fazer com que eu cale a minha boca enquanto ele abre a dele, então se o sensei continuar, eu vou reagir.

— Só não me chame assim, por favor. - Ele repetiu mais alto.

— Vou fazer o aquecimento - Miguel tenta acabar com aquela situação.

— Não. - O loiro o interrompe. — O lábio quer dizer algo. - Se aproximou do garoto. — Fale alto, lábio! Ou sua língua também é ferrada? Você é uma daquelas crianças especiais?

— O médico disse que eu posso estar no espectro. - O que? Como Eli nunca havia me dito isso antes?

Eu já tinha percebido em algumas situações, e principalmente pela sua dificuldade de comunicação e sua timidez, mas eu nunca que podia diagnóstica-lo ou chutar algo assim por si só.

— Eu não sei o que é, mas sai disso logo! - E lá vai Johnny, o terror dos médicos e cientistas. — E se não quiser que eu te chame de lábio, arruma essa coisa, não pode operar?

— Eu nasci com lábio leporino, essa cicatriz é da cirurgia. - Eli tentou explicar. Que merda, eu odeio essa expressão no rosto dele, eu nem posso imaginar o quanto isso o machuca.

— Quer dizer que era pior ou o médico piorou as coisas? Cara você devia processar! - Eu ia me mover para defender ele mas Miguel me segurou.

— Agora não. - Sussurrou.

— Será que podemos mudar de assunto? - Sua voz falhou.

— Sensei - Tento chamá-lo mas ele faz menção para eu me calar.

𝐁𝐎𝐔𝐍𝐃 - Falcão, Cobra Kai.Onde histórias criam vida. Descubra agora