27. NamJoon P.O.V. Parte I

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O hyung com rosto de maknae. Capítulo 6: NamJoon P.O.V.

Entro no restaurante onde há um piano-bar de muito bom gosto na área para fumantes, totalmente espelhado na parte de trás, com luzes azuis inteligentemente posicionadas sobre as garrafas e copos

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Entro no restaurante onde há um piano-bar de muito bom gosto na área para fumantes, totalmente espelhado na parte de trás, com luzes azuis inteligentemente posicionadas sobre as garrafas e copos. Eu me sento no banco alto junto ao balcão e peço uma garrafa de uísque.

Meu plano para esta noite é entregar uma composição musical para o rapper japonês Big-Basu e dar o fora logo. Detalhe: até o momento, não consegui escrever uma palavra maldita. Tudo na minha cabeça é sobre música, mas a música não me comove mais. É como um oceano que tem a sua luz apagada [BTS: Black Swan].

A bartender despeja uma dose no copo e em seguida, aproxima o cinzeiro da minha mão que segura um cigarro aceso.

-- Obrigado - agradeço com a voz apagada, exalando uma nuvem de fumaça dançante. Viro o cigarro e fito a ponta acesa, sentindo o meu ser se misturar à fagulha vermelha. Quero me transformar em uma chama que arde sem formar cinzas, mas as falhas que reconheço em mim talvez sejam realmente tudo o que eu sou. [BTS: Persona].

Quebro a cinza no cinzeiro e enfio a bebida goela abaixo, apreciando o calor inflamando o caminho da garganta até o estômago. Derreta o frio em mim, eu só quero ser mais feliz [BTS: Blue & Gray].

Pausa para engolir e respirar. Fecho os olhos brevemente, me imaginando num bosque de eucaliptos. A natureza é capaz de me tomar por inteiro e de me devolver intacto, mas a cidade... me endurece como o concreto e me quebra como vidro. Pulmões e mentes poluídas, adoecidas por causa do cigarro, álcool e competição por status.

Volto a encarar a página em branco do meu bloco de notas com otimismo. Qualquer coisa pode desencadear uma ideia. Eu posso mudar o mundo com uma caneta e um bloco [RM: Change].

Termino a bebida. A bartender é solícita em dar outro tiro. E outra vez. De novo.

-- Pode deixar, eu me sirvo - eu forço um sorriso para suavizar as palavras.

-- Oppa... você pode me dar um autógrafo? Sou sua fã desde pequenininha - ela pede timidamente.

Suspiro. Tenho 28 anos e ainda me sinto jovem. Por que os dias da minha juventude estão cada vez mais distantes? [RM: Forever rain] 

-- Ah... claro. Seu nome...?

-- Milla.

"Para Milla, com carinho: RM" - eu assino o autógrafo à jovem e dou um sorriso gentil, formando covinhas nas bochechas.

Em dez minutos, metade da garrafa se foi. Encaro novamente o papel com o rascunho da letra e um flash de irritação enruga a minha testa. Perdi a inspiração. Guardo o bloco no bolso e coloco outro cigarro entre os lábios. Procuro o isqueiro nos bolsos, mas não o encontro. Vivo perdendo as coisas, é um saco.

Sweet Red Life 2 🍷🎤 [sope/yoonseok]Onde histórias criam vida. Descubra agora