Dinah Jane

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- Você primeiro. - Digo.

Normani põe as mãos na cintura.

- De jeito nenhum. Você primeiro.

Dou um sorriso, tirando a regata por cima da cabeça antes que ela termine de falar. Eu a jogo no chão. Os olhos de Normani passeiam pelo meu corpo e param em meus seios cobertos apenas pelo sutiã.

- Você sabia que eu ia dizer isso. ela me acusa.

- Pois é. Agora é sua vez. - Insisto.

Ela não se move. Ficamos paradas na frente uma da outra.

- A porta está aberta. - Ela diz, toda puritana.

- Não tem mais ninguém aqui Normani. - Respondo com o que considero uma paciência admirável. - Só a gente.

- Mas...

Estou preparada para isso, então tiro eu mesma a blusa dela. Por sorte, é uma camisetinha listrada fácil de arrancar.

- Dinah! - ela grita.

Jogo a blusa em cima da minha. Sucesso! Só que não me sinto tão triunfante. Porque, apesar do papo de barriga estufada e sei lá o que, do meu ponto de vista ela é absolutamente perfeita. Pensei que estivesse preparada, mas ao ver sua cintura fina, barriga definida e seus peitos grandes fico com a boca seca, e meu cérebro não consegue funcionar direito. Sem mencionar as pontadas nas partes baixas. Minha resposta ao corpo dela deve ter feito com que ganhasse mais confiança. Sua apreensão desaparece diante dos meus olhos, substituída por um sorrisinho malicioso.

- Sua vez. - ela diz, toda meiga, voltando a colocar as mãos na cintura, mas dessa vez de um jeito lento e provocativo, enquanto inclina o quadril para o lado.

Meus movimentos não são tão naturais dessa vez. Consigo abrir a calça jeans tranquilamente, mas, na pressa de tirar a roupa, esqueço que ainda estou de tênis, então preciso ir cambaleando até a cama para me livrar deles. Normani ri da minha falta de jeito, e eu jogo a calça em cima dela. Estou cheia de tesão e com a impressão de que o sexo com a minha melhor amiga pode ser divertido como nunca. Jogo as mãos para trás, usando apenas uma calcinha fio dental ao me apoiar na cama. O riso dela morre aos poucos. Normani leva o polegar à boca e morde a unha. Está nervosa. E eu vou mudar isso. Fico de pé e vou até ela bem devagar. Ficamos cara a cara. Ela está com um sutiã preto de renda bem decotado, mas faço força para olhar apenas para seu rosto.

- Me beija. -Peço.

- Hã?

Ela está olhando para baixo, não decifrei se era para minha barriga ou minha calcinha.

- Me beija! - Dessa vez é uma ordem.

Os olhos dela encontram os meus por apenas um momento, como se procurasse uma confirmação. Então parecem encontrar, porque baixam pra minha boca e ficam nebulosos. Eu me aproximo, inclinando a cabeça de leve.

- Me beija. - Agora é um sussurro.

Normani chega mais perto, encostando seu corpo no meu, levanta o queixo e devagar, bem devagarinho encosta a boca na minha como uma provocação e então me beija. Permito que assuma o controle. É o mínimo que posso fazer depois de praticamente devorar a garota na parede da cozinha ontem. É a vez dela de conduzir. Ela segura meu rosto, e seus lábios separam os meus. Sua língua encontra a minha, a princípio com certa cautela. Solto um grunhido, degustando a sensação. Os braços dela enlaçam meu pescoço, aprofundando o beijo e fazendo nossos corpos se encontrarem em um contato de pele contra pele. Nesse momento, perco a cabeça. Meus braços a envolvem pela cintura e minhas mãos acariciam cada pedacinho de pele descoberta enquanto a beijo ferozmente. Levanto o queixo dela com o nariz enquanto beijo seu pescoço e passo a língua. Normani joga a cabeça para trás com um grunhido, fazendo seus cabelos lindos e macios chegarem quase até a bunda. Entrelaço os dedos naquele ondulado escuro para que fique no lugar. Ainda estou para ver uma mulher que não gosta de beijos no pescoço, mas Normani adora.

Just Friends - NorminahOnde histórias criam vida. Descubra agora