Livro único
Quando eu era pequena acreditava que o amor da minha vida iria aparecer em um cavalo branco carregando um buquê de rosas-vermelhas e depois iria me levar para morar em um castelo no topo das montanhas, assim, seríamos felizes para sempre...
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Ian Fanning
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Sexta-feira; o aeroporto está cheio de pessoas andando de um lado para o outro, todos preocupados com suas próprias vidas e ansiosos para chegarem aos seus respectivos destinos. Eu mesmo não vejo a hora de chegar no meu apartamento e abraçar o Husky.
Suspiro aliviado quando vejo o carro que chamei estacionar a alguns metros de mim e caminho até ele. O mês de agosto acabara de chegar e junto a ele o verão.
O carro para no semáforo e eu observo o movimento rotineiro através das janelas. Uma ambulância pede passagem para os carros na avenida e eu a olho partir com sua sirene barulhenta. Passamos em frente ao prédio que desmoronou e sinto uma pontada de tristeza; uma tragédia tão grande que lotou os hospitais, foi triste ver tudo de perto.
Após longos e longos minutos o motorista estaciona o veículo em frente ao meu prédio. Agradeço e pego minha mala, entrando no alto e luxuoso edifício coberto de janelas de vidros que compõem os apartamentos. Sendo muitas delas do piso ao teto.
Minha face cansada dá lugar a um sorriso quando o grande e peludo husky siberiano pula em mim quase me derrubando.
— Olá, Husky. Como você está meninão?— Sim, eu sei, sou muito criativo para nomes.
Eu me abaixo e o cachorro uiva lambendo meu rosto e se esfregando em mim. Ele sai correndo pela casa e busca um brinquedo me entregando.
— Vai buscar garoto — jogo o brinquedo e ele corre saltitante voltando todo feliz para mim.
— Mas você é muito lindo, neném — falo afagando seu pelo macio.
— Parece que o Husky já te achou— Levanto meus olhos para a ruiva sorridente.
— Lisa, quanto tempo. Ele se comportou?— Pergunto fazendo carinho na cabeça do animal.
— Sim, como sempre, ele foi bem-comportado— Assinto.— Como foi a viagem?
— Foi cansativa, mas boa. Não tem como Vegas ser ruim.
