CAPÍTULO 38

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Tudo naquela noite parecia transmitir uma paz divinal

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Tudo naquela noite parecia transmitir uma paz divinal. O barulho das ondas se chocando contra as paredes de pedra e se desfazendo na areia da praia ecoava por todo o hotel; as estrelas brilhavam como nunca, e a lua refletia seu brilho sobrenatural sobre as águas escuras.

Enquanto os hóspedes se arrumavam para o baile que aconteceria no hall do hotel, os funcionários andavam apressados, sendo observados pelos olhos críticos dos organizadores. Paola andava de um lado para o outro no quarto, ela deve ter retocado a maquiagem no mínimo umas cinco vezes nos últimos dez minutos, e tirado ao menos trinta fotos de sua produção.

Diferentemente do quarto que dividia com Ian, este se localiza no segundo andar. A vista para praia era magnífica, os jardins do hotel são incríveis, e o céu não podia estar mais lindo. A argentina já começava se arrepender de ter se arrumado tão cedo.

Ian terminara de abotoar os botões da sua camisa social, e agora decidia se iria usando gravata ou não. Seu cabelo estava bem alinhado e a barba bem aparada. Ele se perguntava se devia passar alguma maquiagem devido as fotos ou se iria natural.

Paola estava apreensiva, ela iria desacompanhada, não que isso significasse alguma coisa. Daniel havia a chamado para ir, mas devido aos recentes acontecimentos, ela recusou. Sua mente não conseguia parar de pensar em como Ian estaria lindo em roupas formais e que ao seu lado estaria Ginny.

A ruiva dá uma última olhada no espelho. Ela estava linda, e conseguia enxergar isso, sua maquiagem que demorara tanto para ser feita, estava impecável; a cor do vestido combinava perfeitamente com seu cabelo. Mas bem ali no fundo do peito, estava a dor da saudade, insegurança, ilusão e rejeição.

Machucados antigos que foram mal curados, e deixaram cicatrizes tão profundas, que nem a mais pigmentada das maquiagens conseguiria tampar. Paola não mostrava suas cicatrizes a ninguém, embora, temia que elas fossem descobertas com apenas um olhar de Ian Fanning.

A ruiva respirou fundo quando apertou o botão do elevador para o primeiro andar. Ian aperta o passo ao entrar no corredor principal e ver que a porta do elevador estava prestes a se fechar. Paola vendo a cena, arqueou uma sobrancelha e segurou a porta da caixa metálica.

- Obrigado- Ian diz ainda ofegante pela breve corrida. Paola apenas assente e abaixa a cabeça, mexendo em seu vestido, sem graça.

Ian pareceu perdeu o fôlego, ao observar a mulher. Ela sempre foi linda, mas naquela noite em específico, estava estonteante. O vestido que parecia ter sido feito sob medida, contornava todas as suas curvas e deixava tudo nos lugares certos, uma espécie de corset, emoldurava sua cintura e seus peitos sobressaltavam. Ian sentiu sua boca salivar ao lembrar daquela parte do corpo em específico. Como se não pudesse melhorar - ou piorar- uma fenda se abria no meio da coxa da mulher e se estendia por toda a perna, expondo parte da pele branca toda vez que ela se movimentava.

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