3. Talvez meu próximo erro.

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• Pov Ágata •

- Segunda, 07 de Março de 2022, São Paulo Brazil 09:00 -

Quando Giuliana saiu da sala de aula, pode ver o ódio nos olhos do professor. Ele foi até sua mesa, bebeu praticamente toda a garrafa rapidamente. Ele parecia uma fera! Literalmente uma.

Sabia que Giuliana sentia algo por Ricardo, e sabia que ela se sentiu mexida quando a sua mãe ( A diretora ) , falou que ele tinha esposa. Bom não diretamente... Mas, deu para deixar bem claro.

Confesso que estou muito preocupada com Giuliana, apesar dela ser muito independente. Ainda precisa de um ombro amigo...

Eu e Giuliana somos amigas de infâncias, havíamos estudamos juntas do primário até o ensino médio. Que foi quando, ela decidiu ir para os Estados Unidos. Foi um grande desafio para mim, não vou mentir. Estava muito apegada a garota que tinha como minha irmã. Mesmo não sendo.

Minha vontade era de sair da sala de aula da mesma forma que ela fez, mas por ter tanto carinho e respeito por Ricardo como meu professor favorito. Não fiz isso. Também acredito que ela queira ficar sozinha...

• Mensagem de: Gigi 💜 •

Minha mãe tá indo aí, fala que eu fui ao banheiro! - Giuliana.

Quê? Aonde está?
Droga Giuliana! Vai chegar um dia que sua mãe não vai mais confiar em mim. - eu. ✓✓

• Mensagem off •

Às vezes, eu quero tanto matar minha melhor amiga! Arrggg! Olha nas merdas que ela me enfia.

Vejo que Ricardo já tinha voltado a explicar, e eu nem havia prestado atenção. Tremi assim que escutei batidas na porta. E agora?

- Segunda, Faculdade Albert Einstein 09:30 -

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- Segunda, Faculdade Albert Einstein 09:30 -

Assim que escutei as batidas na porta, tive vontade de rir. Tinha certeza que era Giuliana arrependida. Fui até a porta a abrindo, sem olhar para quem era. Começo a rir e digo:

- Sabia que voltaria. - Brinquei com a ação da garota que provavelmente estava na porta, e iria brevemente me implorar para assistir minha aula novamente.

Eu deixava. Óbvio. Mas, não antes dela pedir desculpas na frente de todos, quero vê-la se humilhar em minha frente E...

- Sabia? - Escutei a voz grave da diretora. Droga! Mil vezes droga.

- Sim. Ele sabia. - Quando escutei a voz de Giuliana, agradeço aos céus. A vejo atrás da mãe. Que logo se virou e viu a menina loira.

Dei um sorriso fraco para a loira, que logo olhou para o lado. Ela me odeia... E eu queria tanto saber o motivo. Queria mudar isso, ela parece quando não está discutindo comigo, tão legal e gentil...

Além que, apesar de não parecer na maioria de minhas aulas, ainda tira as melhores notas. Se eu não ficasse na cola da mesma, diria que estava colando. Mas ela é... Uma ótima aluna. E se continuar assim, será uma ótima médica.

- Aonde foi, Giuliana? - a voz severa da mãe perguntou para a menina que tinha sua testa levemente com seus cabelos suados. Não que aquilo a deixasse feia, de forma alguma. Giuliana era linda mesmo assim. Claro todos pensam assim, seria uma grande mentira minha dizer ao contrário. - uh? Por que ele sabia que você voltaria? Você não...

- Pedi para ela pegar uma caneta negra para o quadro. - Digo rapidamente, o que ganhei uma reação surpresa da mais nova. - Mas, parece que ela não achou. - Rio falsamente da mesma forma quando abri a porta.

- Ah sim... - Ela disse ainda desconfiada. - É verdade, Giuliana? - ela Perguntou para menina, a olhei brevemente, implorando com meus olhos para a mesma dizer que " sim. ".

- sim. ele me pediu. Mas, acabei não encontrando. - Ela riu falsamente também. O que me fez dar mais uma risada só que dessa vez, real. Era estranho vê-la tentar me proteger e vise-versa.

- Tá bom... - ela olhou para nós dois ainda desconfiada. - Tentou procurar no Armazém de materiais escolares? - ela perguntou para Giuliana, que negou.

- Ótimo. - Ela disse. - Vá lá, e não demore para aula. Odeio vê-la fora de sala de aula... Tenha um bom dia, querida. - Foi o que a diretora disse antes de dar um beijo na testa de Giuliana e ir embora.

Suspirei aliviado, e vi que é ela fez o mesmo. Quando ela abriu os olhos, pode ver de perto aqueles olhos verdes levemente dilatados. Sorrio gentilmente.

- Está tudo bem? - Perguntei para a mesma que estava na porta ainda, sem entrar na sala de aula.

- Eu... - Ela tentava procurar palavras, mas parecia ainda tensa. O que me preocupou, ela tem medo da mãe? Ou de mim? Por um segundo, pedi para ser da mãe. Mas, era óbvio que de mim.

Ao abrir os olhos e ver aqueles olhos verdes intensos me encararem, pode sentir minha respiração descompensar e meu coração bater mais rápido do que normal

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Ao abrir os olhos e ver aqueles olhos verdes intensos me encararem, pode sentir minha respiração descompensar e meu coração bater mais rápido do que normal. Droga... O que estava acontecendo comigo?

Pedia aos céus que tivesse sem querer colocado adrenalina em minha veia. Mas, ao vê-lo sorrir... Algo que deixou de ser sinônimo de meu ser se despertou. Coisa que só senti com Alex e Melanie.

Só senti vontade de chorar, de correr para o banheiro mais próximo e chorar até não aguentar mais.

" Nós prometa que apesar que estarmos distantes... Ainda vai nós amar. Ainda vai continuar nos amando. Promete? "

" Lembre-se sempre, que somos nós que te amamos. E que seremos nós que vamos te esperar. "

" por favor, não ame outros. Não faça esse seu coração acelerar por outros par de olhos sem ser os nossos. "

Eu havia feito milhares de promessas, mas com aquele olhar e sorriso bonito, por um momento, eu esqueci que tinha alguém me esperando. Que ainda me amavam...

Não poderia fazer isso, não poderia olha-lo nos olhos. Às vezes, ele parece ser tão bom. Ele poderia ser meu próximo erro...

Mas como um balde de água fria que estivesse caindo em mim, lembrei do quão Alex e Melanie me odiariam nesse momento.

- Tá tudo bem? - Ele perguntou pela segunda vez, só que dessa vez com uma feição de preocupado.

- Desculpe, não dá. - E saio da sua vista novamente. Estava pouco me fodendo para minha mãe, eu só queria sair daquela faculdade. Só precisar de ar puro...

E ele tira o ar dos pulmões.

Meus odiados professores Onde histórias criam vida. Descubra agora