" Eu nunca odiei tanto alguém quanto os odeio por ama-lós. "
Sabe aquele professor que você detesta? Ou que simplesmente tenta fugir de suas aulas?
Esse meu professor se chama Ricardo Leblanc. Eu o odeio. Ele me odeia.
Quando cheguei a pensar que n...
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Boa leitura.
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- Quinta-feira, 26 de março de 2022, São Paulo, Brasil 07:50 -
Okay. Acho que meu lema na vida é me foder, namoral.
No fundo, eu deveria saber que eles faziam alguma coisa à respeito depois daquela discussão. Ou melhor dizendo, apenas eu discutindo com Ricardo e ele calado.
Naquele dia, eu nem consegui voltar para casa. Muito menos, encarar minha mãe frente à frente. Mas, infelizmente à vida segue. E no outro dia, eu teria que ser adulta e lidar com isso frente à frente.
Acontece que minutos depois que entrei na sala de aula, minha mãe apareceu na mesma e me chamou para ir com ela até à diretoria. E pelo sua feição, sei que não é coisa boa.
Antes mesmo de chegar em sua sala, pude sentir o perfume amadeirado e sexy de Ricardo. E também pude sentir o da Anastasia, criando um cheiro ainda mais único.
Minhas pernas tremiam enquanto eu entrava naquela sala, ainda mais, quando me sentei do lado dos mais velhos.
- Você tá bem? - Escuto o homem me perguntar baixinho, de forma que nem minha mãe ou sua esposa pudessem o escutar.
Como ele pode se preocupar comigo mesmo depois de tudo? Meu Deus! Ele é burro, ou o que? Se fosse meu namorado, ficaria o dia inteiro emburrado e com razão.
Olhei para o mesmo, com meus olhos vermelhos pela à falta de sono. Vejo seus olhos azuis ficarem ainda mais preocupados quando viram os meus.
- acha mesmo que estou bem? - Perguntei para ele de forma seca, e baixa. Já que pelo visto, para piorar minha situação peguei um resfriado também.
- Desculpe, eu... - Antes que ele pudesse terminar sua frase, à voz rígida de minha mãe nos tomou à atenção. Coloquei às mãos dentro do bolso, e puxei o capuz.
Vejo minha mãe se sentar em sua cadeira, e colocar suas mãos sobre à mesa, olhando de forma rígida para mim. Enquanto ainda podia sentir o olhar de preocupação queimando em mim.
- Sei que deve saber o que te levou até aqui, Giuliana. - Ela disse, me olhando de cima à baixo. É, infelizmente, eu sei bem. - Não vou nem comentar o quão estou decepcionada com seu comportamento, você não é assim. - Certamente, se existe algo pior que levar uma bronca de minha mãe é ganhar sua reprovação.
Abaixei minha cabeça, sentido às lágrimas descendo sobre meu rosto. Porra, eu estou cansada de ser uma decepção para todos.
Sou uma péssima filha. Uma péssima aluna. E agora, ao que parece, sou uma péssima namorada também.
