" Eu nunca odiei tanto alguém quanto os odeio por ama-lós. "
Sabe aquele professor que você detesta? Ou que simplesmente tenta fugir de suas aulas?
Esse meu professor se chama Ricardo Leblanc. Eu o odeio. Ele me odeia.
Quando cheguei a pensar que n...
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- Segunda-feira, 07 de Março de 2022, São Paulo Brazil 19:00 -
Minhas aulas haviam sido bem tranquilas. Afinal, Giuliana não participou de nenhumas. Por um lado, aquilo me deixou contente. Por outro - preocupada.
Mesmo depois daquela garotinha Paty dos cabelos loiros, ter quase quebrado meu nariz. Eu ainda me preocupo com ela!? Não mesmo! Eu me recuso.
- Você parece uma rainha má com essa cara. - Ricardo falou me provocando, o olho mortalmente. Não estou com os melhores humores!
Ele pegou um carrinho de mercado, e nós dois fomos comprar o que precisava. A sorte é que o mercado fecha tarde, tanto Ricardo quanto eu, acabamos saindo tarde demais.
Revisando trabalhos, preparando atividades... O de sempre.
- vamos acabar com isso logo. - Falo puxando sua mão. Eu estava raivosa, parecia que eu iria cuspir fogo pela boca a qualquer instante.
Foi quando, eu menos esperei, senti meu corpo se chocar com um pequeno corpo. Oh meu Deus! E não deu outra, fomos nós dois para o chão.
- Eii! Seu... - E antes mesmo que a pessoa pudesse terminar sua frase ofensiva contra a minha pessoa.
Ela levantou o seu rosto, dando de cara com o meu. Giuliana Safra. Só podia mesmo!
- Você... - Ela ainda estava meio em choque com minha presença. Levanto-me, sem me importar em ajudá-la.
A vejo fazer o mesmo, ainda meio envergonhada. Droga! Eu disse para Ricardo para fazermos a compra amanhã. Mas quem disse que ele me escuta?
- Tenho uma leve impressão que está tentando me matar, Senhorita Safra. - Digo em um tom irônico. Era óbvio suas intenções contra minha pessoa, mas pra quê? Tamanha raiva ou rancor?
- Em minha auto-defesa, você que estava distraída. - Giuliana argumentou contra mim. A olhei indignada, mesmo depois dela foder meu nariz. Ainda tem coragem de colocar a culpa em mim?
- Como ousa? - Pergunto com raiva. Sentia o sangue quente escorrendo em minhas veias. Que menina mais abusada!
- Sou apenas realista, Senhora Leblanc. - Ela falou com sua voz brevemente falhada. Rio nasalmente com aquilo, já estava pronta para gritar com ela.
- realista? - Lhe pergunto com certo deboche. - Você fingi ser uma boa pessoa, mas convenhamos entre nós... Você é a pior de todas.
O tom ácido de minha voz, fez com que Giuliana rapidamente desviasse seu olhar.
- Não vai dizer que isso é mentira. - digo para ela. A olhando atentamente, sua pele branquinha, parece tão macia... Pergunto-me, se eu lhe desse um tapa. Ficaria vermelhinha?
- Okay. - Ela falou respirando fundo. - Tenham uma boa noite, Senhores Leblanc.
Sinto o cheiro de perfume inalar em minhas narinas. Parece tão... Inexplicável.
