the comparison

290 27 25
                                    

!!!MENÇÃO A SUÍCIDIO ABAIXOOOOOOO, PROSSIGA COM CUIDADO!!!

— Olha, mamãe, o desenho que eu fiz na escola!

Hyun-ah fechou os olhos e suspirou, como sempre fazia na presença daquela criança. Odiava quando ele invadia seu escritório com toda aquela exasperação, fazendo barulho e a incomodando quando estava tentando fazer seu trabalho.

— O que eu já disse sobre entrar aqui sem bater, Taehyung-ah?

O menino parou o que estava fazendo no mesmo instante, colocando as mãozinhas para trás e abaixando a cabeça, acanhado.

— Desculpa, eomma, não vou fazer de novo.

A mais velha revirou os olhos.

Achava que, como sua própria mãe dizia, teria construído uma paciência digna de uma figura santa ao passar dos anos convivendo com Taehyung, mas parece que ela simplesmente não tinha nascido para isso.

— Não tenho tempo pra olhar seus desenhos agora, então... por que não vai brincar na sala, hm?

O menino murchou instantaneamente, saindo do escritório de Hyun-ah bem mais quieto do que quando havia entrado.

Ela bufou quando sua porta foi fechada. Às vezes desejava voltar no tempo e simplesmente não prosseguir com a gravidez ou simplesmente sumir e retornar após ter dado o menino à adoção. Quem sabe entregá-lo a Seokjin, já que ele parecia se considerar mais pai que ela, que havia carregado e parido Taehyung, estragado o corpo invejável que tinha só para tentar prender Namjoon de volta ao relacionamento que ela sabia que estava para acabar.

Taehyung era uma criança ingrata, que tinha tudo o que alguém de sua idade sequer imaginaria desejar, mas que tinha a audácia de exigir ainda mais do que recebia, com sua carência exacerbada, sempre comparando a vida que tinha em casa, com os pais, com os fins de semana que passava com o padrinho, como se Namjoon já não fizesse questão de mimá-lo o suficiente.

Namjoon, o grande idiota que a obrigava a fingir que sentia algo além de completa indiferença em relação ao filho. Se soubesse que aquela criança imprestável só serviria para lhe render dores de cabeça, nunca teria seguido com a gestação.

Agora teria que aturá-lo por vários outros anos, com Namjoon em seu encalço para garantir que continuaria passando por aquele inferno.

...

— Cheguei!

Hoseok saiu da cozinha com uma travessa fumegante, colocando-a na mesa e sorrido em direção ao namorado.

— Boa noite, meu bem, como foi o dia hoje? — perguntou, dando um beijo em Seokjin quando este se aproximou.

— Cheio. Tae mandou um abraço pra você.

— Fofo. Gostaria de ter saído mais cedo do plantão e chegar em casa a tempo de me despedir.

Seokjin sorriu.

— No próximo fim de semana você terá uma chance.

— Por que não toma um banho e vem jantar?

O oncologista abaixou o olhar, passando os dedos pela camisa do namorado.

— Hm... estava pensando que, talvez, você pudesse entrar no chuveiro comigo? Já faz um tempo que nós.... — E voltou a olhá-lo, com um sorrisinho ladino no rosto.

Hoseok o correspondeu.

— Nem precisa pedir duas vezes, meu bem.

Seokjin era tão grato por Hoseok e tudo o que o namorado se propôs a fazer para levá-lo um pouco mais acima do fundo do poço onde estava. E, na mesma intensidade, se sentia uma pessoa horrível, porque tudo o que fazia era compará-lo a Namjoon.

the lover ; namjinOnde histórias criam vida. Descubra agora