the lover ; namjin

the visit

O casal acordou com a campainha.

Namjoon demorou a abrir os olhos; os esfregou e sentou na cama, esticando os membros. Quando olhou para trás, Seokjin já estava colocando um robe por cima da camisa branca e da calça de moletom. 

— Está esperando alguém?

Jin o olhou e deu um sorriso breve.

— Na verdade, não — disse, indo em direção ao mais velho. — Mas não deve demorar. Bom dia, meu amor. — Então ergueu sua cabeça com uma mão em seu queixo e deu-lhe um selinho. 

— Bom dia — respondeu Namjoon, retribuindo o sorriso.

Seokjin lhe deu uma última olhada e saiu e fechou a porta do quarto, correndo para atender a da sala.

— Olá, Jin.

— Pai! — Ele abraçou o mais velho; sempre ficava feliz ao vê-lo. O abraço dele sempre o confortava. — Tudo bem? Aconteceu alguma coisa? Eomoni veio também? 

— Está tudo bem, querido. Só tive um desentendimento com ela e, sabe, melhor deixar ela sozinha se quiser que esfrie a cabeça.

Seokjin suspirou.

— Não é novidade, considerando que vocês têm uma briga a cada semana...

Seu pai coçou a cabeça. 

— É... complicado...

Jin suspirou e o puxou pela mão.

— Entra, então. Já tomou café? Pode passar o dia comigo...

— Com você e Namjoon?

Ele seguiu o olhar do pai, para a porta trancada no fim do corredor.

— Bom, sim, hoje vamos ser nós três. Na verdade, recebi uma notícia maravilhosa hoje. Podemos ir para a cozinha?

Kim Junghoon sentou-se à mesa e observou o filho se mover pela cozinha, aprontando o café da manhã. 

— Pode me contar que notícia boa foi essa que você recebeu?

— Desculpe, papai, mas eu acredito que não devemos sair falando das coisas antes de elas acontecerem. Juro que o senhor vai estar presente para ver.

— Bom, então... tudo bem. Desde que você esteja feliz...

Não demorou para Namjoon chegar ao cômodo, curvando-se diante do sogro. Mesmo que se conhecessem há algum tempo e que o mais velho soubesse toda a história, o loiro ainda ficava um pouco sem jeito quando em sua presença. 

Além de que, não era segredo, Junghoon ainda mantinha um pé atrás sobre aquela relação, embora escondesse esse fato de Seokjin. Afinal, queria que o filho fosse feliz. Mesmo que depois ele quebrasse a cara. Até porque se decepcionar fazia parte da vida; se algum dia chegasse a acontecer, ele estaria lá para acalentá-lo.

— Me desculpe por não vir cumprimentá-lo antes; fui tomar um banho e...

— Não é necessário se desculpar, Namjoon, não precisa ficar tão tenso na minha presença.

Jin notou o sorrisinho mínimo que o pai deu, muito difícil de notar, mas que ainda assim o fez revirar os olhos.

— Bem, eu também vou tomar um banho, então se arranjem por aqui. Não demoro! — Pendurou o pano de prato que tinha nas mãos no ombro de Namjoon, dando um beijo em sua boca e outro na bochecha de seu pai.

É claro que um silêncio desconfortável tomou o cômodo quando Seokjin se foi, já que nem o barulho do chuveiro poderia ser ouvido. Tentando se distrair do constrangimento que fez suas orelhas ficarem vermelhas, Namjoon se concentrou em terminar de preparar o café.