O pai de Seokjin foi embora no dia seguinte, depois do café da manhã, prometendo voltar para visitar o filho em breve.
Com isso, ele e Namjoon estavam sozinhos. Mas, como nada é perfeito, o mais velho tinha de voltar para casa mais tarde naquele dia, o que deixara Jin profundamente triste, mesmo sabendo que não havia nada que pudesse fazer a não ser esperar.
— Então, o que faremos hoje? — perguntou, abraçando a cintura do amante.
— Quando foi a última vez em que assistimos a um filme no cinema?
Seokjin sorriu.
— Faz um tempo, meu bem.
(...)
O cinema estava pouco ocupado. O casal comprou pipoca e assistiu a um filme recentemente lançado, sobre o qual nenhum dos dois fazia ideia do que era. Um velho hábito; ainda que o filme fosse ruim, gostavam da experiência de serem surpreendidos.
No fim, procuraram um restaurante por perto; acharam um pequeno e aconchegante dirigido por uma senhorinha muito simpática.
Já em casa, não fizeram nada além de deitar e permanecer na presença um do outro até que chegasse a hora de voltarem às suas respectivas realidades.
— Eu te amo — disse Namjoon assim que pararam na porta do apartamento do mais novo.
— Também te amo. Muito.
— ...Falta pouco, meu amor. Espere mais um pouco. — O mais alto tocou o rosto do amante, arrumando a franja em sua testa.
— Eu esperaria anos, Nam... — Seokjin encurtou a distância, beijando-o. — Dirija com cuidado — pediu, abrindo a porta.
— Até outro dia, Seok — Namjoon deu-lhe outro beijo antes de sair.
(...)
Ultimamente, tudo em que Namjoon poderia penser era seu novo cargo na empresa e tudo o que viria com isso, mas ficava feliz em, pelo menos, poder contar com seu amado nesse novo contexto de sua vida.
Chegando em casa, a tempo para a hora do jantar, encontrou a esposa na cozinha.
— Oh! Esperava que você chegasse mais tarde hoje — disse ela, assim que o homem apareceu em seu campo de visão. Usava um vestido com gola alta e mangas compridas preto que cobria seu corpo de maneira a ressaltar suas curvas de maneira bela.
— Pois é, acabei tendo sorte com o trânsito. — Namjoon foi até a pia buscar um copo d'água. — Por que está tão arrumada?
Ela sorriu.
— Gostou? Achei que os últimos acontecimentos mereciam algo legal. — Ela deu um giro onde estava. — Com fome? Resolvi fazer o jantar hoje. Como comemoração, sabe.
Namjoon a observou. Não era do feitio da mulher agir daquele jeito. Mas, bem, pessoas são caixinhas de surpresa. Apesar de não estar muito disposto a participar daquele jantar, ele não queria fazer pouco caso do esforço de Hyun-ah. Seu objetivo sempre foi, pelo menos, manter uma amizade agradável.
E, além de tudo, logo estariam divorciados, se tudo corresse bem. E isso era de comum acordo.
Então, ele concordou com aquilo, pedindo um momento apenas para tomar um banho.
— Não precisava se incomodar com isso.
— O que é isso, Namjoon-ah; somos amigos, não somos? Estou feliz por sua conquista. Além do mais, vamos nos divorciar logo, então gostaria de poder fazer algo, por todos esses anos de parceria. Não foi incômodo nenhum.