the lover ; namjin

the apologize

Longa história.

Não fazia muito tempo, mas Seokjin descobrira que o avô de Namjoon, com quem estava namorando há alguns anos na época, era avô dele também.

Alguma coisa sobre esconder outra família.

Foi bastante impactante; ele não conseguiu disfarçar a surpresa que teve quando viu Namjoon na sala de estar da mansão Kim, na primeira vez que sua família foi convidada para comparecer naquela casa. Foi desse jeito que conheceu a esposa do mais velho, por quem teve certa aversão logo de cara, o que sentiu ser recíproco.Era o aniversário de 80 anos do velho. Aparentemente uma forma de tentar se redimir pelas merdas que havia feito na vida. 

Como se adiantasse.

— Muito estranha essa forma de pedir desculpa — ele disse à mãe, na época. — Mas é bem típico dessa gente achar que pode resolver tudo com dinheiro. 

Mas Seokjin também sabia que cabia à mãe decidir se o perdoaria ou não.

— No que está pensando? — Namjoon o tirou de seu devaneio.

Todos estavam jantando. Seokjin sempre sentava ao lado do "primo", e se divertia muito com os olhares que sua esposa lançava em sua direção, sentada do outro lado da mesa.

— Nada demais.

Namjoon deu de ombros e voltou a conversar com os presentes. Por baixo da mesa, Jin o sentiu pôr a mão em sua coxa.

Eles atuavam o tempo todo. E muito bem, diga-se de passagem. Tirando o ciúme de Hyuna, o que todos viam era dois primos que nem chegavam a ser tão íntimos assim.

Como estão enganados, pensou Seokjin, sorrindo de maneira discreta. Sentiu seu celular vibrar no bolso, mas no mesmo momento, percebeu que um dos empregados trazia um bolo em direção à mesa. Então ignorou.

Depois dos parabéns, todos os convidados se reuniram na sala de estar, se dividindo em pequenos grupos e tratando de assuntos em comum. Namjoon, depois de passar por alguns, se sentou ao lado de Jin, num lugar afastado da maioria.

— Sinto muito, não vou poder te ver hoje — Namjoon informou, mantendo a voz contida. 

— Não tem problema — Seokjin respondeu no mesmo tom, tomando um gole de champanhe. — Desde que você apareça algum dia.

— Quanto a isso, não precisa se preocupar. 

— Vou estar te esperando — disse o mais novo, lançando um olhar sugestivo a Namjoon, que deu uma risada curta antes de beber da sua taça. — Acho que vou embora agora.

Um movimento chamou a atenção dos dois; Hyuna vinha em direção a eles, com o sorriso enorme — Falso — de sempre.

— Bom, enfim — começou Namjoon, se levantando. — Muito obrigado por vir, Seokjin-ah. Volte para casa em segurança. — Curvou-se.

— Agradeço por nos convidar, primo. Até a próxima, Hyuna-ssi. — Seokjin se curvou também.

— Por favor, deixem-me levá-los até a porta — disse a mulher, sorrindo.

— Eu posso fazer isso... — Namjoon começou, mas foi interrompido logo.

— Querido, você deve dar atenção aos convidados. Aqueles senhores ali — disse, apontando para um pequeno grupo no centro do espaço — estão aguardando ansiosamente para falar com você. Vá atendê-los, sim?

— Certo. — Namjoon suspirou. — Me desculpe por não acompanhá-lo, Seokjin.

— Não tem problema. Até mais.