XIII

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🚨 ALERTA GATILHO: DESCRIÇÃO DE ESTUPRO.🚨

Saio do banheiro do hotel na qual estávamos hospedados pela noite. Estava enrolada na toalha, indo até minha mala vestir o meu pijama. Não me preocupando com privacidade, visto que minha irmã havia alugado apenas dois quartos e o Ethan tinha ficado na festa ainda à pedido do seu irmão.

Após vestir o conjunto de calça e blusa de alça de seda e renda na cor verde, faço minha skin care, deitando em seguida. Mexo no celular um pouco antes de pôr na mesa de cabeceira, ajeitando-me para dormir.

Não sei quanto tempo se passa quando acordo sem motivo. Olho em volta, vendo que não há sinal de Ethan ainda. Com a vista embaçada, sensível a luz, busco saber qual o horário. Duas horas da manhã. Sinto uma pontada de preocupação e resolvo ligar para o Ethan.

Ouço o toque de outro celular vindo do banheiro. Encerro a chamada já levantando da cama para ter certeza de que estava tudo certo, uma vez que não estava escutando mais nenhum barulho vindo do banheiro, nem resposta à chamada.

- Ethan? - chamo na porta do banheiro.

- Estou bem - ele responde mas não parece estar nada bem. Meu coração se aperta.

- Posso entrar?

- Só me deixe sozinho, Lua - pede, a voz carregada de tristeza. Dói em mim sentir isso vindo dele e não poder fazer nada. Hesito, com a mão na maçaneta, pronta para abrir e cuidar dele mas não quero invadir seu espaço. Também se torna inviável, simplesmente voltar para a cama, dormir como se estivesse tudo bem. Sento no chão, encostada na parede ao lado da porta.

Olho pela janela, o céu escuro salpicado com mini pontos brancos. A lua não estava visível. Eu não tinha o dom de cantar. Sabia disso. Mas fiquei cantarolando Fly Me To The Moom baixinho.

A letra ecoando em meu cérebro enquanto divagava olhando o céu. Quando estou terminando a música, ouço o barulho do box se abrindo e mais alguns sons até a porta se abrir. Ethan estava com a cara inchada. Vê-lo dessa forma não o deixava menos másculo, muito pelo contrário. Sabia que o que ele passaria hoje seria como uma porrada no seu estômago. Entendia bem como era ver alguém que você ama ou pelo menos, acredita que ama, nos braços de outra pessoa. Tendo tudo o que você sonhou acontecendo com outro, ainda mais sendo alguém que você ama. No caso dele, era ainda pior em dois aspectos. O filho que ele achou que seria dele e o irmão que diferente de mim e Gabe, havia amor entre ambos. Sem contar, que Lionel era muito parecido com Ethan. Se Eliana tivesse mantido a mentira, com certeza ninguém desconfiaria.

Ethan estende a mão, ajudando-me a levantar. Eu o abraço fortemente, que da mesma forma ele retribui, suspirando.

- Vamos para a cama? - o chamo, já puxando pela mão. No quarto havia duas camas, mas trago ele para onde tinha dormido. Nos deitamos na cama, abraçando-o.

Ficamos quietos por vários minutos, quando por fim, dormimos.
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Somos obrigados a acordar bem cedo com por causa do toque insistente do celular do Ethan.

Eram seus pais, pedindo que nos juntassemos em uma cafeteira ali perto para conversarem mais um pouco antes de retornar para nossos respectivos estados.

Ao nos arrumarmos para ir, já deixamos todas as nossas coisas prontas para quando voltássemos, não tivéssemos que nos preocupar com isso.

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