20°

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No dia seguinte eu acordei e sai da casa de Robin sem ele perceber. Não queria que ele se incomodasse comigo.

Fui direto pra minha casa pensando no que eu iria falar pra mamãe e oque ela iria falar pra mim. Ela me daria um castigo terrível.

Quando girei a maçaneta estranhei a porta estar aberta já que o carro da mamãe não estava ali, sinal que ela já havia saído para trabalhar.

S/n- Mãe? - Fechei a porta e ninguém me respondeu - Vance? - Subi até o quarto dele e não vi ninguém, a casa estava totalmente vazia.

Troquei as roupas de Robin para as minhas roupas e tomei um café da manhã leve. Alguns minutos depois o telefone de casa começou a tocar e eu fui atender.

S/n- Alô?

Laís- S/n? Onde você estava? - Ela disse com uma voz preocupada, já estava preparada para o tanto de xingamentos que ia ouvir.

S/n- Na casa do Robin...

Laís- Escuta eu preciso que você venha até o hospital.

S/n- Porque?

Laís- É o Vance.

S/n- O que tem o Vance? - Disse preocupada.

Laís- Ele sofreu um acidente.

S/n- COMO? - Exclamei chocada e minhas mãos começaram a tremer.

Laís- Ele bateu o carro contra uma camionete e está em estado grave, o sangue do hospital acabou e ele precisa de doação, S/n você tem que vir doar.

S/n- Mas eu nem sei qual é o meu tipo de sangue. - Disse segurando o telefone firme, meu nervosismo estava fazendo eu quase desmaiar.

Laís- Vocês tem o mesmo sangue, O negativo.

S/n- Tá, eu já tô indo. - Desliguei o telefone e corri para calçar meus tênis. Pedir um táxi demoraria em média uns 5 minutos para chegar então peguei minha bicicleta e pedalei o mais rápido possível.

Depois de pedalar muito eu cheguei lá, toda suada, cansada e ansiosa.

S/n- Oi eu vim doar sangue para o meu irmão - Disse na recepção.

Secretaria- Menores de idade não podem doar sangue querida, peça a algum parente seu para doar.

S/n- Minha mãe mandou eu vir aqui.

Secretaria- Sinto muito mas sua mãe não decide nada, são as regras.

Laís- Maria - Ela chamou a secretária - Ela é a minha filha, eu a chamei para vir doar sangue ao irmão.

Maria- Doutora, você conhece as regras, menores de idade não podem doar sangue e existem muitas outras regras que não permitem isso.

Laís- Escuta aqui - Ela se aproximou de Maria - É a vida do meu filho que está em jogo aqui, ele se acidentou e só o sangue do hospital e o meu não foram suficientes, então ela vai entrar, vai doar o sangue que deve para ajudar o irmão e você não vai falar nada, porque a médica aqui sou eu. - Ela ficou quieta, não disse nada a não ser imprimir uma pulseira escrita que eu era doadora de sangue.

Maria- Você sabe que se algum superior descobrir corre o risco de nós duas perdemos o emprego né?

Laís- Ninguém vai se você não abrir a boca - Ela pegou a pulseira e colocou em mim. Em seguida mamãe me levou até uma sala e tirou meu sangue, não foi aquelas bolsas gigantescas, foi uma normal, talvez porque eu não tenha tanto sangue e não tenha o peso certo.

Durante isso a mamãe não me disse nada, apenas ficou quieta, oque eu achei estranho.

Laís- Aperta aqui - Ela colou um adesivo - Você tinha comido antes de vir pra cá?

Querido Robin | Robin Arellano Onde histórias criam vida. Descubra agora