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Minha mãe bateu na porta e entrou depois que Vance saiu.

Laís- Preciso falar com você filha. - Ela encostou a porta e sentou na cama ao meu lado.

S/n- Pode falar mãe. - Me ajeitei melhor na cama.

Laís- Aquele monstro chegou no hospital. - Meus olhos se arregalaram e eu fiquei sem reação.

S/n- Ele tá longe daqui né?

Laís- Sim, existem seguranças em todo o andar dele e aqui no seu e dos meninos também, ele pode entrar, mas não pode sair.

S/n- Não me sinto bem sabendo disso mamãe, o Finn matou aquele desgraçado não faz sentido nenhum ele estar vivo, porque isso tá acontecendo? - Comecei a ficar nervosa e minha mãe segurou minhas mãos fortemente.

Laís- Eu não sei o porquê disso, mas você está aqui sã e salva, eu farei de tudo pra te proteger.

S/n- Obrigada mãe - Limpei as lágrimas que tinham escorrido pelo meu rosto, sinto que nesses últimos dias minhas emoções são quem me controlam e não eu que as controlo.

Laís- Eu também quero dizer que você irá ir pra um psicólogo, já conversei com a que trabalha aqui no hospital e ela se prontificou a vir conversar com você todos os dias até a sua alta.

S/n- Psicóloga pra que, eu tô bem - Eu nunca aceitei o fato de ter que ir psicólogo, posso estar doente, muito mal, ter mil e um problemas mas na minha cabeça isso é só para pessoas loucas. Depois de tudo eu acho que realmente estou ficando louca mas não acho que preciso conversar sobre minha vida ou acontecimentos que já foram com um estranho.

Laís- Você não tá bem S/n - Mamãe me olhou preocupada e deixou sua cabeça cair um pouco pro lado - Eu sei que você tem problemas desde mais nova, sei que não aceita ir para um psicólogo, terapia ou qualquer área da psicologia mas irá te ajudar muito a superar tudo o que aconteceu, principalmente o seu abuso.

S/n- Eu não quero falar sobre isso, com ninguém.

Laís- Não vou te forçar a nada, mas eu como mãe me preocupo demais e não posso aceitar que você passe por isso sozinha, é um trauma muito forte para uma menina de 13 anos.

S/n- Mãe, a senhora não está entendendo que eu não quero conversar com ninguém sobre isso, eu sempre passei por tudo sozinha e me sinto melhor lidando sozinha com essas coisas. Sei que as vezes é necessário ajuda mas eu não quero.

Laís- A escolha é sua, eu não vou mudar minha opinião.

S/n- Isso já foi, eu vou superar! - Olhei para o lado e senti que estava ficando nervosa demais e comecei a respirar para não surtar - Eu vou saber lidar com esse abuso, não vou fingir que não aconteceu, mas eu vou conviver com esse peso de qualquer maneira.

Laís- Só quero que saiba que eu estou aqui para tudo, não sou só sua mãe, sou sua melhor amiga - Seus dedos acariciavam os meus lentamente.

S/n- Eu sei mamãe.

Laís- Você contou para o Vance?

S/n- Não, ele não precisa saber.

Laís- E para o Robin? Sei que você o ama e conta tudo pra ele.

S/n- Também não, Robin não precisa saber que o grabber me estuprou enquanto ele estava quase morrendo.

Laís- Decisão sua filha, o que você fazer é sua escolha - Ela se levantou e deu um beijo na minha testa - Vou voltar ao trabalho porque chegou um senhor reclamando de dores na coluna.

S/n- Tudo bem mamãe, tchau.

Laís- Tchau filha - Mamãe saiu e eu fiquei parada olhando para o teto pensando e refletindo sobre a nossa conversa, sobre os últimos acontecimentos, sobre minha vida, sobre tudo.

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⏰ Última atualização: Jun 18 ⏰

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Querido Robin | Robin Arellano Onde histórias criam vida. Descubra agora