Realidade Nada Erótica.

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Jungkook

— Como assim?

Agora não tem mais volta.

Desde que eu tive o primeiro sonho com Jimin, eu estou descontrolado. Não consigo parar de pensar nele, não consigo parar de olhá-lo e de reparar em cada parte do seu corpo.

Eu estou delirando.

— Eu não sei explicar, Park. Apenas estou sonhando com você.

Sua expressão não me diz muita coisa. Não sei se essa revelação foi boa ou foi ruim, não sei dizer nem se para mim é bom ou ruim. Eu estou completamente louco com tudo isso.

— Isso não pode está acontecendo...

— Olha, eu também não quis isso. Eu não consigo controlar meus sonhos.

— Você não entende!

Não entendo mesmo.

Tudo começou quando a mais de uma semana eu o peguei dormindo em sua sala pela terceira vez.

Flashback ON

21:00, uma hora e meia após o final do expediente.

Mais um dia em que fico depois do expediente para concluir tarefas da qual não quero deixar pra amanhã. Próxima semana teremos que ir para o Japão para mais uma negociação com os Lee. Isso não pode dar errado.

Como sempre faço quando sou o último a sair da empresa, olho sala por sala para saber se está tudo em ordem. E a primeira sala que verifico é do Park, o secretário particular.

Logo na porta percebo que algo está errado, pois escuto sussurros vindo de dentro da sala. A porta fechada me faz questionar se devo ou não me atrever a entrar.

Ao me aproximar bastante da porta consigo ouvir algumas coisas bem baixas.

Decido então colar minha orelha esquerda na porta, para saber se estou ouvindo bem o que está acontecendo.

Park sempre me mostrou um excelente profissional, contratei ele no início de sua carreira e parte do que ele sabe foi aqui que aprendeu.

O que me faz pensar que talvez não seja ele quem esteja fazendo safadezas na sua sala. Talvez outro funcionário teve acesso. Mas isso tudo me faz paralisar no lugar quando escuto:

"Meu chefe me deixa louco."

É a voz dele, eu tenho certeza.

Com cuidado eu dou duas batidas na porta, não forte mas também nem tão fraco. O suficiente para que ele ouça e pare o que esteja fazendo.

Não escuto nada além de alguns sussurros em gemidos.

Forço a maçaneta, a porta abre um pouco e tento ouvir mais. Tento saber se ele está acompanhado, ou se está fazendo isso sozinho. Só vejo uma única pessoa que possa ser o "chefe" dele aqui. E esse alguém sou eu.

Respiro fundo, ficando cada vez mais tenso com o que ouço. É inevitável não pensar que ele esteja fazendo isso sozinho e pensando em mim, quando eu sou o seu chefe no trabalho e é a mim que ele chama assim.

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