17 • capítulo

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[17]

J I M I N

Entro em minha sala trancando e me encosto nela deixando as lágrimas incansáveis e os soluços audíveis serem ouvidos.

Não pode ser, repito para mim milhões de vezes.

"Eu amo você!" Essas palavras soam tão falsas vinda delas.

Mas é.

E por isso que ele estava estranho.

Por que eu não percebi isso antes.

Como eu fui tão idiota.

Repasso isso por vários momentos em minha mente, levanto do chão e pego um copo com água, minhas mãos trêmulas seguravam o copo quase o quebrando com a força usada. 

Bebo todo líquido sentindo as lágrimas secas em minhas bochechas serem cobertas por mais lágrimas quentes, as quais sou rápido em secá-las.

Me acomodo em minha cadeira, abro uma das gavetas tirando uma arma sem munição.

Coloco apenas uma bala nela, a engatilhando a deixo na ponta da mesa chamando uma de minhas empregadas, dando-lhe algumas ordens.

[...]

J U N G K O O K

Refaço o caminho da casa de Jimin, sentindo a arma presa no cinto de minha calça a qual peguei da gaveta ontem.

Observo a rua completamente deserta, tentando desviar as palavras "Jimin te odeia agora" da minha mente.

É tão louco como tudo pode desabar a qualquer momento.

Seria impossível Mark não ter lhe dito nada, e seria mais impossível ainda Jimin não me odiar.

Adentro a casa silenciosa, vejo uma das empregadas de Jimin vir até mim dizendo para que eu vá até sua sala penso em correr para fora mas seria covardia da minha parte.

Suspiro frustrado, caminhando a passos lentos até parar em frente a porta de Jimin.

Ainda faço a idiotice de bater na porta não ouvindo nada do outro lado, levo a mão a maçaneta sinto o canivete em minha bota roçar em minha pele sentindo a queimação da lâmina cortando-a, sinto a arma se mover enquanto abro a porta de golpe, sinto o olhar de ódio de Jimin, com uma arma apontando diretamente em minha testa.

— vocês mentiu — ele sussurra, consigo perceber sua voz rouca e seu nariz um pouco vermelho por conta do choro, ainda lhe escapam algumas lágrimas, sinto meu coração quebrar, adentro um pouco mais a sala sendo parado por sua voz — você mentiu pra mim!

Fecho a porta, voltando a parar no lugar de antes com as mãos para cima.

— Você não vai ao menos dizer nada? — ele questiona com a voz meio embargada, tremendo um pouco.

— Desculpe…? — digo abaixando a cabeça sem conseguir encarar seus olhos cheios de mágoas, mágoas que eu provoquei.

— cumpra sua missão — ouço dizer, levanto meu olhar instantaneamente para encará-lo surpreso — cumpra a porra da missão e atire em mim! — ele diz abaixando a arma e vindo em minha direção.

Ele me encara sem remorso algum sem chance de volta, seu olhar frio me faz lembrar quando nos reencontramos, levo a mão a minha arma.

Estendo a mão apontando a arma para a cabeça de Jimin, estou tremendo, ele encara o cano da arma o segurando e o levando até o lado esquerdo do peito, ele mantém a mão no cano da arma a forçando em seu coração.

— Já que me querem morto — ele diz, minha visão embaça por conta das lágrimas as quais não deixo que caiam — eu espero ser morto por você. ATIRA ESSA PORRA! — ele berra, me fazendo tirar o repositor de balas e jogá-lo em qualquer canto, arranco a parte de engatilhar da arma a jogando no chão.

— EU NÃO CONSIGO — grito de volta fazendo com que ele derrame algumas lágrimas junto a mim — eu não posso fazer isso.

— vai embora! — quando me viro para sair da sala, paro em frente a porta tocando a maçaneta.

— tanto Namjoon quanto Seokjin, não sabem de nada, eles não sabem — minto — Dong-hae, dong-hae que me contratou — confesso, ouvindo apenas um soluçar do outro.

Saio da sala a fechando em seguida dando de cara com Mark bem humorado.

— como se sente depois de perder tudo, novamente — diz em tom debochado.

Em um movimento rápido, pego o canivete de minha bota, enfiando-o no pescoço de Mark. 

— vá se fuder no inferno — digo o observando agonizar com as mãos na empunhadura do canivete.

Caminho pelo hall da sala de estar, caminhando a passos largos até a saída daquela casa só quando caminho pelas ruas desertas e frias que me permito derramar todas as lágrimas que guardei pelos longos minutos que se passaram naquela sala.

Aperto a campainha da casa de Namjoon esperando a porta ser aberta, ouço a tranca ser aberta vendo seokjin me encarando com uma arma na mão, por conta do horário já bem avançado para chegar a casa de alguém.

— Estou esperando o "eu te avisei" — digo fungando deixando ainda mais lágrimas rolarem, sinto meu braço ser puxado cambaleando até os braços de seokjin que me abraça. 

Ouço a voz de Namjoon que aparece logo observando minha situação.

— Você matou ele? — pergunta se referindo às manchas de sangue seco em minha camisa, nego sentindo sua mão acariciar meus cabelos.

Ficamos longos minutos assim, até ser puxado por Namjoon e obrigado a tomar um banho e deitar.

Sinto meus cabelos úmidos molharem a fronha do travesseiro, encaro o teto esfregando continuamente meus dedos.

Me viro pro lado e pro outro tentando pegar no sono falhando miseravelmente, ouço batidas fracas na porta.

— eu 'tô acordado — murmuro sem vontade nenhuma, observo Jin ligar a luz e fechar de volta a porta, me sento na cama observando as duas xícaras fumegantes, uma delas é entregue a mim e a outra continua em sua mão.

— Sei que não consegue dormir, então fiz um chá pra você — ele sussurra, meneio a cabeça em concordância dando um gole na bebida quente.

— eu sei que você talvez não queira falar disso — ele começa parando em seguida, provavelmente preocupado como vou reagir, continuo bebericando o líquido esperando que ele continuasse — quem você matou?

— o filho de Dong-hae — digo o fazendo arregalar os olhos — Mark trabalhava como segurança de Jimin também, e ele é filho do cara que me contratou — completo.

— não faz sentido… — ele fica em silêncio. 

— se pensar bem, faz — começo, encarando a xícara — Mark passava informação para o pai, esse plano e bem pensado até — termino, seguindo a linha de raciocínio idiota que eu mesmo criei. 

— o que você vai fazer agora? Dong-hae vai querer te matar quando descobrir — conclui.

— melhor eu do que Jimin… por mais que eu ache que talvez morra eu e ele — digo me sentindo meio sonolento — seokjin o que você socou nesse chá? — questiono, o vendo sorrir.

— você não conseguiria dormir então coloquei um pouquinho de entorpecentes — ele diz bem humorado segurando minha xícara para que eu não derrube em mim mesmo, antes de cair totalmente no sono murmuro um "vá pro inferno".

_______________j_i_k_o_o_k_______________

1.159 palavras galera.

Algumas partes foram improvisadas para o capítulo não ficar tão curto.

Enfim sofri escrevendo? Muito.

Mas é isso aí nos vemos no próximo capítulo.

Votem e comentem por favor<3

Bye, bye <3

contratado para matar - JJK & PJMOnde histórias criam vida. Descubra agora