Capítulo 6

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Quando Annie e eu chegamos em casa era 18 da noite, ela veio o caminho todo dizendo o quanto estava eufórica pelo trabalho que sua professora tinha passado, parece que ela teria o desafio de criar uma roupa, não dúvido que ela consiga isso e muito mais. Não toquei no assunto da história que a professora Mabel tinha me dado pra ler, algo dentro de mim me dizia que não era hora de contar a ninguém, que eu deveria guardar isso pra mim.

" eu vou me arrumar, você pode depois me ajudar a passar uma vassourinha na casa ? " ela pergunta enquanto entrávamos

Sorriu " claro que posso Annie "

" ah perfeito " diz alegre, sua cachorrinha pula sobre ela " ei Cindy, quantas vezes eu tenho que te mandar pra sua casinha em ? lá é tão confortável quanto aqui " ela diz e então me encara " eu juro que ela fica mais lá que aqui "

" esta tudo bem Annie, você sabe que não tenho problemas com cachorros " falo a tranquilizado

Ela sorri " eu já disse que você é a melhor ? obrigado por entender "

" esta tudo bem "

" bom,então vamos pra casinha Cindy, a mamãe tem que se arrumar por que hoje é dia de receber os amigos " ela diz pegando Cindy no colo " Dul, você vai descer não vai ? "

" claro que vou, só talvez demore um pouco, eu tenho que ligar pros meus pais e avisar como foram as coisas por aqui, isso pode demorar um pouco " faço uma caretinha

" eu sei como é, quando visito mamãe ela fica quase 1 hora contando as fofocas do bairro " isso me faz ri " um dia eu apresento vocês "

" vou amar conhece-la "

" e ela a você, ela estava preocupada que eu fosse dividir a casa com uma drogada, enfim, ela vai ficar feliz em saber que você ta limpa " Annie comenta

" e que dobro e passo todas as minhas roupas " falo em tom de brincadeira

Annie ri " menina você vai cair nas graças da minha mãe rapidinho " diz

Subo pro meu quarto, jogo minha mochila de qualquer jeito sobre a cama , e pego meu celular discando o número de casa, tudo que eu queria agora era conversar com minha família, e ouvir a voz doce do Henrique. Me deito na cama e encaro o teto enquanto espero que alguém atenda.

A faculdade era melhor do que imaginei, todos me receberam bem, Annie era a melhor colega de casa do mundo e seus amigos são pessoas felizes e recepetivas, tudo estava indo perfeitamente bem e mesmo assim eu ainda sentia um aperto no peito, deveria ser por estar longe da minha família, eu sempre fui muito ligada a eles e essa distância esta sendo algo novo e ao mesmo tempo torturante.

" alo ? "

" Carol ? oi sou eu Dulce " falo sorridente

" Dul, finalmente você ligou garota, mamãe estava agoniada aqui imaginando mil coisas ruins que poderiam ter acontecido " ela diz bufando

" mas, eu disse que só ligaria a noite " relembro

" vai dizer isso pra mamãe, você conhece ela e sabe o quanto se preocupa por tudo sem motivo nenhum " ela comenta

Sim, Carol tinha razão. Eu sei que todas as mães protegem seus filhos e são cuidadosas e até cautelosas quando o assunto é a proteção deles mas, nesse caso mamãe sempre foi um exagero só. Parecia que eu e Carol éramos feitas de porcelana, não podíamos ter uma quedinha que lá estava mamãe chorando horrores, imaginando o pior e ameaçando colocar o mundo na cadeida.

Suspiro " eu deveria ter mandando uma mensagem, me desculpa, o dia foi tão corrido "

" não se sinta culpada, nós duas sabemos que ela pirar de todo jeito, o problema não é se algo aconteceu com você, o problema e você esta longe Dul, você sabe disso "

" sim, sei "

" mas, vamos esquecer isso, vai, me diz ,conheceu algum gatinho espanhol pra mim ? lembre-se da sua promessa Dulce, você se comprometeu que ia me ajudar em "

Dou uma risada "ainda não tive tempo de encontrar sua sementinha mas, vou encontrar afinal, eu prometi não foi ? "

" sim, e você sabe que promessa é dívida "

" já sei Carol, já sei " resmungo

" me fale sobre a universidade, é tudo que você sonhou ? " pergunta

Suspiro " é mais do que sonhei, parece que estou vivendo em um conto de fadas onde a realidade supera o sonho, hoje tive aula de lingustica e literatura e eu amei as duas, foram tão boas "

" é tão bom te ouvir alegre assim, eu fco tão feliz por você estar realizando seu sonho " sua voz estava embargada

Sorriu " e você vai realizar os seus irmã "

" um dia " ela diz de mood meio vago

" um dia bem próximo " afirmo " me diz, onde esta Henrique ? quero ouvir a voz dele "

Ela dá uma risadinha " sinto muito mas, essa noite não vai dar, ele foi dormi cedo, papai o levou ao shopping pro cinema e os dois chegaram exaustos, já estão dormindo "

Bufo " não acredito "

" relaxa, liga amanhã que você vai conseguir falar com ele " ela afirma

" como pode ter tanta certeza ? " pergunto desanimada

" eu vou manter ele acordado, juro "

" tudo bem então " suspiro, meus olhos pousam sobre minha mochila " Carol, vou desligar, estou quase dormindo aqui, podemos conversar amanhã ? "

" claro, nos falamos amanhã, se cuide por favor "

" você também, dê um beijo na mamãe, no papai e no Henrique por mim, eu amo vocês "

" dou sim, nós também te amamos, boa noite Dul "

Desligo jogando o celular sobre a cama, e me levanto pegando minha mochila. A abro e pego o bloco de papeis dado pela professora pra mim, volto a me sentar na cama e viro a página, a enorme letra destacada logo no meio da pagina chama minha atenção, era o título da história " O INESPERADO " logo abaixo estava escrito o nome do autor " UM OBRA ORIGINAL DE CHRISTOPHER UCKERMANN "

Engulo a seco, e quase que involutariamente meu dedos passam por cima do nome dele, por que sinto uma sensação estranha ? Acaricio por mais tempo que o normal, o nome do autor que é totalmente desconhecido por mim. Respiro fundo e viro a página, encontro a dedicatória dele, com sua propria letra, uma letra realmente linda por sinal.

" essa obra dedico a todos que acreditam fielmente que um dia poderão encontrar sua alma gêmea " leio baixo a dedicatória escrita por ele, logo abaixo tinha sua assinatura, mais um vez passo meus dedos sobre.

Viro mais uma página e encontro o prefácio da história, realmente parecia um livro. Tento me lembrar do que a professora me disse quando me entregou a história " Tenho quase certeza que vai se indentificar com a escrita dele " isso queria dizer que ele tinha os mesmo objetivos que eu ? se sim, por que saiu da universidade ? será que se mudou ? mas, por que deixaria seu trabalho pra trás ? "

Olho atenta pra sua assinatura, sentindo um gosto amargo em minha boca, meu estômago parecia dar voltas e mais voltas " Christopher Uckermann " sussurro seu nome, e por mais estranho que possa parecer amo o modo que seu nome escapar de meus lábios, quase como uma música tocada suavemente em meu ouvido, era fácil dizer seu nome, seria fácil ler sua obra também ? 

Nosso Romance - Vondy  Tema: VondyOnde histórias criam vida. Descubra agora