16 de junho de 2009Contratei secretamente um detetive particular para trabalhar na investigação do caso de Evellyn. O senhor Barker, era assim que era conhecido pelas pessoas mais próximas.
Ele me garantiu que faria o possível para solucionar este caso o mais rápido possível. Mas também havia me dito que como se trata de um caso delicado a qual já tinha caído no “ esquecimento ” de muitas pessoas, ele poderia não encontar absolutamente nada.
[...]
Toc toc
Com a visão um pouco turva e as pálpebras um pouco cansadas, eu me levantei da cama e abri a porta. Era ele.
— Bom dia.
— Bom dia! Entre! — Abri a porta por inteiro e dei espaço para que o mesmo passasse.
— Sente-se, por favor. Fique à vontade. — Gesticulei com as mãos apontando para uma das cadeiras que ficavam em volta da mesa, que se localizava no centro da cozinha, Ambiente em que estávamos.
— Agradeço. — Ele se sentou e sorriu.
— Quer um copo d’água ? Uma fruta? Um café?
— Eu aceita uma água, senhorita. Eu... preciso que você se sente comigo, tenho informações que possam ser do seu interesse.
— E o que seria? — Perguntei curiosa, pegando uma garrafa de temperatura ambiente e lhe estendendo.
— Depois de duas noites em claro estudando esse caso, eu pude perceber que existem muitos erros na investigação. — Fez uma breve pausa. — Exite alguma carta, algum papel com alguma anota anotação da Evellyn.
— Ah, eu não sei...provavelmente meu pai deve ter algo...
— Seria muito bom se você me trouxesse.
— Mas por quê?
— Porque talvez, eu posso analisar a caligrafia da pessoa que escreveu aquele bilhete. Se teria algo familiar, entende? — Ele deu um gole na garrafa.
— Ah, perfeito. — Apesar de não compreender muito bem sua linha de raciocínio, eu apenas concordei. — Amanhã mesmo estarei indo na casa de meu pai.
Eu não tinha muito contato com meu pai. Nunca tive.
Ele geralmente chegava bêbado em casa, e agredia minha mãe...
Eu sempre corria pro quarto com minha irmã em meus braços quando meu pai chega em casa.Depois que Evellyn fez cinco anos, meu pais se separaram por conta de uma dívida imensa que meu pai acabou criando devido a jogos de apostas em casas noturnas.
Minha mãe, desde então, criou Evellyn e eu sozinha.
No começo foi difícil, muito difícil. Mas ela sempre deu o seu melhor, sempre se mostrou forte mesmo perante o maior desafio. A coragem dela me inspirava.— Como é a sua relação com ele? — O detetive me perguntou sem que eu esperasse.
— Então, não é a das melhores. Meu pai sempre preferiu minha irmã. Quando ele se separou da minha mãe, ele vinha pra casa buscar Evellyn que na época tinha cinco...quase seis anos pra passear. Apenas os dois. Sozinhos.
Sozinhos.
Sozinhos...
Sozinhos...Essa palavra ecoou pela cabeça do homem, e por esse motivo, ele ficou paralisado por alguns minutos.
— Certo...saberia me dizer aonde eram esses passeios?
— Não... só lembro que ela não gostava de sair com ele. Dizia que não queria ir sozinha. Eu nunca entendi muito bem isso.
— Sua mãe? Nunca perguntou à ela ?
— Se perguntou, eu não sei. Mas, basicamente foi isso.
— Entendi...bom, estou de saída. Qualquer coisa me chame. Eu estarei presente no mesmo momento.
— Mais uma vez, muito obrigada. — Sorri como uma forma de agradecimento.
— Não há de quê. Agradeço a hospitalidade. — O homem também sorriu se levantando e eu o acompanhei até a porta.
[...]
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O Terrível Caso De Evellyn Jones [ Em Revisão]
Misterio / SuspensoUma garota desaparecida... Um caso tido como " esquecido ". Todos pensam que Evellyn está morta. Mas será mesmo que essa informação é procedente?