Caso Arquivado ( Victor)

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— Senhor...
— A princípio gostaria de deixar bem claro que aprecio ser chamado pelo meu nome composto. — Alertei o homem de postura incerta que me dirigia a palavra.

— Certo senhor... Victor, muito bem. — Ele finalmente ajustou a sua postura, e a mesma ficou ereta. — Muito bem, onde o senhor estava no dia 07 de setembro de 1998?

— Evellyn Jones? Casa da Kate. Sugiro que já esteja ciente dessa resposta, não?

— Eu estou perguntando ao senhor.

— Essa não é a resposta, senhor delegado.

— Eu quem faço as perguntas aqui. — Seu tom de voz se alterou.

— Veremos. — Me calei.

— Ah... já entendi. Não vai falar...
Olha, tem uma garota desaparecida há mais de onze anos, e...

— Eu tenho total ciências do que está acontecendo, senhor delegado. — Respondi.

— Não é o que parece. Pois não aparenta querer colaborar com as investigações.

— Senhor, eu sou um adulto. Maduro o suficiente pra entender exatamente o que está acontecendo. Sei que a probabilidade dessa pobre garota estar viva é a mesma de uma pessoa que teve um projétil perfurado em seu crânio.

— Não pode afirmar algo nessas circunstâncias.

— Sabe que meu pai esteve presente na investigação desse caso, não é? Ou o senhor é tão inocente assim? — Ri.

— Eu estou ciente disso.

— Então, magnífico! — Bati palmas.

— Existe algo além do que podemos enxergar...algo. — Olhou para os lado e praticamente começou a sussurrar. — Talvez possamos solucionar esse caso muito brevemente...mas preciso de você, rapaz.

Que homem louco.

— Ok. Prossiga.

— Se lembra de alguma coisa que tenha acontecido no dia do acidente? Perguntou.

— Eu me lembro que havia pego uma escada ora tentar subir na parte de cima da casa de Kate. Mas foi inválido...as chamas já tinham destruído bia perte daquela casa.
Oliver estava desesperado com as meninas...

— Que meninas?

— Kate e Madison, claro. — Disse como se fosse óbvio.

— Hmm, entendi. — Repousou seus mãos suadas sobre a mesa cheia de poeira.

— Minha família, foi a que mais tentou ajudar a família Jones nas buscas. Além de meu pai, minha mãe , minhas tias e e eu íamos sempre procurá-la em volta dos lugares que costumávamos brincar quando estávamos todos reunidos. Mas infelizmente, nuncs se soube do paradeiro dela.

— Compreendo...

— Nada, nem mesmo uma pista se quer. Apenas diversas teorias do  que se pode ter ocorrido. Mas nenhuma prova concreta que possa provar tudo o que dizem.
Sinceramente, senhor delegado, eu acho que a Evellyn...por mais que seja difícil de dizer e aceitar isso, dever ter sido Sequestrada por um desses fetichistas de garotas do tipo dela, abusada e morta.

— Como o senhor pode dizer algo do tipo com tanta tranquilidade? — Franziu o cenho.

— Não seja incoerente, senhor delegado. Sabemos que o senhor pensa o mesmo. Assim como sabemos que é possível que esse caso seja solucionado, ainda mais agora, depois de onze anos! Isso é loucura. — Pensei a última frase em voz alta.

— Se lembra de alguém que pode ter entrado na casa antes ou durante o acidente? Alguém que não fosse vocês , da turma de vocês?

— Sinceramente... não. Só tínhamos nós lá.

— Entendo.

— Já posso ir? Não aguento ficar muito tempo aqui. Daqui a pouco mi ha rinite ataca.

— Está certo, pode ir rapaz.

— Obrigado!

Até que enfim! Já não aguentava mais aquele calabouço.

— Se souber de algo importante, me avise.

— Não se preocupe. Será o primeiro a saber.

Me levantei pegando as minhas coisas e me retirei daquele local...
Loucura demais, depois de onze anos...

[...]

O Terrível Caso De Evellyn Jones [ Em Revisão]Onde histórias criam vida. Descubra agora