Capítulo 23

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O sorriso que Zion abre, me faz querer dar meia volta, mas como já falei me encontro morta e querendo descansar o máximo até o jantar que por sinal será com todos os competidores e seus acompanhantes.

— Olá! — É o que digo enquanto me aproximo.

— Já acabou de bajular nossa sobrinha? — O tom ríspido dele me faz parar em meio ao corredor.

— Bajular? Sabe que Gaia é uma das duas únicas pessoas que eu daria a minha vida, não é? — A pergunta que fiz é retórica, mas o fortão de cabelos soltos não parece entender.

— Sei também o quanto quer pagar de boa moça para cima dos outros, e usa uma criança para isso. — Reviro os meus olhos sentindo o meu cansaço começar a consumir o resto da minha sanidade, eu não tenho um segundo de paz.

— Não sei o que você tomou Zion, mas não me faça perder o resto de respeito que tenho para com você, sei o quanto Gaia te adora por ser um tio legal não esse babaca que está em minha frente.— Digo entre dentes, enquanto faço uma massagem em minha têmpora.

— Você ver Gaia poucas vezes ao ano, eu é quem ensino tudo para ela, que mostrou que a mesma não está sozinha com os pais irresponsáveis que ela tem, não venha como se tivesse todo direito do mundo sobre a criança. — Ele praticamente rosnou enquanto chegava mais perto de onde estou parada.

Zion não sabe o quanto eu sou grata por ele ser incrível para nossa florzinha.

— Não vou ficar brava com você por que está claramente com ciúmes, por que não aproveita que ela está no quarto brincando e vai dar um oi, então me deixe em paz. — Um riso de escárnio sai dos lábios finos deles.

Antes que eu perceba tenho o meu corpo prensado contra um dos pilares que intercalam entre as janelas.

O sorriso do mais alto me faz pensar se eu arranco os olhos deles antes ou depois de lhe socar a cara.

— Me larga! — Berro enquanto como uma donzela indefesa tento me soltar das patas dele.

— Eu sempre sonhei com o momento que você em minha mãos, sabe que antes de ficar com a Nisha você era a minha primeira opção, não é?

— Quando você começou a dormir com a minha irmã eu tinha quinze anos, seu nojento. — Minha voz sai um tom mais alto pelo pensamento ultrajante que veio à minha mente.

— E daí, Siena Halfeti, a mais bela das irmãs, que anda como uma felina, que o ambiente parece ajudá-la em suas entradas e chamadas no lugar, a luz, o vento parece sempre está caminhando com você, o desejo em pessoa. — Engulo em seco enquanto olhar assassino dele vai mudando para um com pura luxúria.

— Me larga Zion ou... — Ele me interrompe, transcendendo totalmente a última gota de paciência do meu corpo.

— Ou o que, hum? — Não consigo respondê-lo pois ele é tirado de perto de mim saindo praticamente voando para o outro lado do corredor.

O Mundo De Evren: A princesa sem rostoOnde histórias criam vida. Descubra agora