Cap 29

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Me despeço de Isa que já está no carro pronta para ir pra casa e volto para o avião.

- Canadá senhorita?- pergunta o piloto para confirmar e eu aceno em concordância.

O embarque começa novamente e fico pensando na minha relação com Isa.

Ela não é minha filha, mais ao mesmo tempo é.

É estranho reconhecer o amor, conheço o amor fraternal, claro, por mais que meio distantes eu amo meus irmãos, mais o maternal é uma novidade.

Tenho medo das coisas que sou capaz de fazer pela Isa, não sei se ela sabe, provavelmente sim.

Eu acho que nunca disse diretamente que a amo, e acho que nem vou, não sei se tenho essa capacidade, já retribui com o meu "Idem" obviamente, mais tomar a iniciativa não.

23.

Veio em minha mente como um estalo, pego meu celular e envio para ela "23".

Em seguida abro o bloco de notas e começo a escrever, só paro quando chego ao fim, com os dedos doendo e respirando fundo pra não chorar.

Até que vejo uma mensagem, a resposta dela.

Notificação de Figlia♡

Que isso?
Eu já sou lerda você ainda dificulta minha vida.

Responder Marcar como lida.

Sinto um sorriso crescer em meus lábios e mando um "a intenção é essa, só aceita".

A aeromoça avisa que vamos pousar e a ansiedade começa a correr em meu sangue, tento conter os pensamentos inúteis pra não surta enquanto vejo pela janela minha família encostada no carro, O caçula da movendo o peso da pele de um lado para o outro em uma dancinha.

Da última vez que nós vimos, 2 anos atrás, ele estava em busca de um nome pra si, me pergunto se já achou.

Assim que aterrissamos já me levanto colocando o celular no bolso e descendo a escada do avião, sou recebido por ele correndo sorrindo e me abraçando .

- Oi meu príncipe- digo sorrindo enquanto o abraço.- Que saudade de você.

- Irmã, eu também tava com saudade, eu já escolhi meu nome!- conta animado e eu nós guio para os outros

- Sério? Não me deixe curiosa.- digo o ameaçando de cosquinha.

- Eros!- ele diz pulando

Franzi a sombrancelha reconhecendo o nome.

- Como o Deus do amor?- pergunto sorrindo ao vê-lo confirmar - tu estuda mitologia?

- Um pouco...- ele confessa.

Mattia é a segunda a me receber, seu abraço apertado com palavras de conforto e cheiro caracterisco a casa de vó.

- É tão bom te ver, Eros não dormiu a noite ansioso pela sua chegada!- ela se afasta com um grande sorriso - quero que me conte tudo de sua viagem!- quase exige

Eu rio confirmando e abraço meu pai, era mais próxima com ele do que da minha mãe, mesmo assim nossa proximidade não é das melhores, tenho um dom em ficar isolada inacreditável.

Ele me dá um beijo na testa e eu abraço Lucca, a pessoa que mais me faz falta, passo meus braços por seu tronco sentindo segurança, a segurança que estou acostumada a dar, não a receber.

Me afasto antes de começa a chorar.

- Você hoje e você de dois anos atrás não mudou nada.- digo como uma leve alfinetada.

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