Cozinheiro E Bruxa - One Piece Fanfic

Uma bela quinta feira de sol

O dia amanheceu lindo, o clima era fresco, uma brisa suave soprava meus cabelos enquanto colhia ervas no jardim.
Pardais voavam entre as árvores, construindo seus ninhos. Borboletas colhiam néctar das flores. Tudo estava perfeito e calmo.

Mas nem sempre era assim. Naquele vilarejo, eu era conhecida como "a bruxa má da floresta". Me temiam, mesmo que muitos deles nunca  tivessem me visto. Contavam histórias sobre mim para assustar as crianças mal criadas. Não sabiam que meu nome, na verdade, era Saori Hime, que de fato, era uma bruxa, mas estava longe de ser má. Decidi me isolar na floresta porque sabia que tinham medo, apesar de saber me defender, não queria ferir ninguém então preferia me manter distante e não entrar em conflitos. Mas ainda me lembrava do primeiro ataque que sofri. Foi tão assustador que depois de um tempo me vi obrigada a realizar um feitiço de proteção e ocultação em casa. Agora minha casa era "invisível".

Solitário, porém seguro.

"Era noite, estava sentada em minha poltrona bebendo chá verde e lendo tranquilamente, com meu gato no colo. De repente, notei a movimentação do lado de fora. Olhei pela janela e assisti, horrorizada, os moradores da vila, portando tochas, porretes e espadas, atearem fogo em minha casa.
Corri pra fora, contrariando todo o bom senso.
- Pelas estrelas! O que estão fazendo?

Um dos homens, que parecia ser o líder, me observa de cima para baixo, a boca retorcida em asco, portando uma tocha e uma arma.
- Cale a boca, feiticeira! Você é uma ameaça a esta vila, uma ameaça a nossas crianças. Viemos cortar o mal pela raíz.

Os outros homens e mulheres atrás dele gritam em concordância.
Eu não podia acreditar no que ouvi e vi ali. Desesperada, tentei me explicar em vão. Nunca quis o mal de ninguém, nunca lancei um feitiço em nenhum deles. Não pretendia nem passar muito tempo naquela ilha. Tinha um objetivo a cumprir, por isso saí de minha ilha natal. Mal tive tempo para pensar em tudo isso, quando senti a primeira pancada.
- Sua bruxa! Vamos queima-la na fogueira e purificar nossa vila do mal!
Eles gritavam xingamentos, enquanto o líder me agarrou pelos cabelos e me arrastou pelo jardim até me atirar no chão.
- Não! Por favor, não! Nunca lhes causei mal, vão embora por favor. Prometo juntar minhas coisas e sair da vila ainda hoje!
- Nunca! Você é uma ameaça a todos, bruxa maldita! Deve morrer!

Não tive escolha, com dificuldade me levantei, ergui os braços e executei um feitiço simples de confusão. Não tinha certeza se funcionaria com todos eles, mas não consegui pensar em mais nada.
Os moradores da vila me assistiam horrorizados executando o feitiço. Porém, durou pouco. Logo todos estavam caminhando lentamente, aos tropeços, de volta a vila. Demorei pra conseguir apagar o fogo, mas felizmente o estrago não foi tão grande. Pelo menos não na casa.
Naquela noite, não dormi. Chorei abraçada a meu gato, até que o sol se ergueu, pálido no céu de primavera.

Pouco tempo depois, eles voltaram pra queimar a casa e a mim junto. Naquele momento,  sabia que não poderia lançar feitiços neles para sempre. Tomei a decisão de esconder minha casa e seria assim, pelo tempo necessário. Logo poderia continuar minha viagem em busca do Ahtohallan. Seria a maior feiticeira do mundo. Esse era meu sonho.

Pensava em tudo isso enquanto colhia minhas ervas. Precisava ir até a floresta colher cogumelos e frutas, e queria colocar mais amoras na raíz das árvores de fadas, mas faria isso mais tarde. Sentada no jardim, com meu gato observando as borboletas, pensei que apesar de tudo, minha vida era boa. Fazia um ano que tinha saído de Pindorama, passei por algumas ilhas nesse tempo, nunca ficando mais que 3 meses nelas. Sempre havia algo para aprender, e eu tentava colher informações sobre o Rio. A maioria das pessoas acha que é só uma lenda, como o All Blue e o One Piece. Mas toda lenda tem um fundo de verdade. Como as histórias de Pindorama, dos espíritos que protegem as matas, dos duendes e fadas que nos observam de longe, das riquezas protegidas por criaturas mágicas.

A cada pequeno passo que eu dava, sentia estar mais perto do objetivo final.
Mal sabia, que naquela manhã tudo mudaria.