Capitulo 3

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- Precisamos sair daqui - ela informou após ter certeza de que os três estavam bem. A bebê se acalmou instantaneamente ao passar para os braços da mãe. - Hideki e Hiroshi juntem o máximo possível de comida. Pães, bolos e frutas. Tudo que não estrague com facilidade.

Hideki achou uma bolsa de couro, onde enfiou os pães da despensa, algumas frutas frescas, nozes e um cantil de água enquanto Hiroshi segurava vendo o irmão e a mãe fazerem tudo muito rápido . Sua mãe procurava qualquer coisa que ajudasse a pelo menos acender uma fogueira. Eles teriam que fugir pela floresta pois com certeza estavam sendo caçados pelos soldados traidores. Seu nervosismo não ajudava em nada e ela tentava pensar no que seria necessário, mas parecia mais perdida do que as duas crianças procurando comida na dispensa.

- Mãe, nós precisamos de mais agasalhos, a noite está muito fria. - o garoto mais velho lembrou Sakura. Ela respirou fundo, ia precisar buscar pelo menos as capas dos garotos, se não morreriam de frio na densa floresta, lá fora.

- Cuide de seus irmãos…

- Não! Deixe que eu vá buscar. Cuide deles, eu volto logo. - Hideki sentia o sangue gelar ao se lembrar da possibilidade de ficar sem sua mãe para sempre. Então preferia ir ele mesmo. Sendo menor ele podia ser mais furtivo e não ser detectado com tanta facilidade.

Ela afirmou e ele saiu agachado da cozinha, fechando a porta atrás de si. Se esgueirou pelo imenso corredor, se escondendo em pilastras e observando cada canto, a mãos sempre no cabo da espada para o caso de aparecer alguém. Os gritos lá fora haviam diminuído, mas o fogo não. Ele apenas queimava mais alto. Entrou em seu quarto encontrando a capa dele e do irmão, feitas de peles de urso e forradas com couro, eram pesadas mas os protegeria com certeza, uma pequena coberta que poderia ser usada para aquecer ainda mais Sarada e mais uma capa dele de lã de carneiro. Podia não ser do tamanho ideal,mas protegeria sua mãe do frio intenso daqueles dias. Não percebeu quando deixou cair um pequeno boneco de pano de seu irmão.

- Vamos - ela disse já pronta para sair ao ver seu filho mais velho entrando com um punhado de capas nas mãos. Hideki depositou a de Hiroshi nas costas dele e amarrou a própria em seu pescoço. Estendeu aquela que era destinada a Sakura mas ela recusou por hora. Ela precisava ser o mais ágil possível naquele momento.

Saíram pela porta e rumaram para os estábulos e de lá entrariam na floresta, Sakura sabia que a cidade estava sitiada e que seria suicídio tentar sair por aquele lado. Apenas a floresta seria a salvação deles, mesmo que ela soubesse que as chances deles seriam pequenas, frente aos animais que poderiam habitar na densa mata. Mas não importava, aquele ainda era o caminho mais seguro para se chegar no castelo das Cerejeiras, onde ela imaginou que teria abrigo, afinal aquela era sua casa.

Agachados eles seguiram a mãe que não havia dito o que iria fazer. Mas Hideki se animou ao ver Juugo, vivo e bem.

- Juugo ! - ele chamou o homem grande e corpulento, que fez uma reverência a ele e a rainha.

- Majestade. Você precisa sair daqui imediatamente.

- Eu sei Juugo.

- Eu protegerei vossa majestade se assim desejar. - sentindo um alívio incomensurável Sakura anuiu. O rapaz era de total confiança de Sasuke, ele os protegeria a qualquer custo e também seria alguém para ajudá-la com o que fosse.

- Nós vamos para o País das Cerejeiras, e de lá entrarei em contato com o rei. - uma mínima esperança ardia dentro dela. - Lá estaremos seguros.

- Que assim seja - ele afirmou. Mas antes mesmo que eles começassem a marchar para fora, um grito ecoou atrás da rainha.

- ELA ESTÁ AQUI ! - olharam para trás e viram Obito Uchiha gritar e sorrir como um louco.

- Vá majestade. Eu protejo a retaguarda de vocês.

A rainha lobaOnde histórias criam vida. Descubra agora