Capitulo 11

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Às vezes, quando parecemos próximos a morte, temos a sensação de que se nos entregarmos a ela, talvez doa menos, ou que se já não tem mais jeito, o máximo que podemos fazer é aceitar, acolher a morte. Lutar contra ela, é em muitos casos inútil. Mas nós mesmos não sabemos quando é a nossa hora, os deuses é quem decidem se devemos ir ou ficar. Talvez como prémio ou como castigo, mas a decisão é deles. Mais especificamente do deus da Morte. Ele quem decide se um homem deve ou não rever seus filhos.

E no dia dessa batalha ele foi bondoso com Sasuke. Talvez por ter sido um bom rei, ou por ter aceitado as propostas de sua amada rainha, em melhorar a vida de seus súditos, ou por ter sido justo sempre que possível ,mas essa bondade não se estenderia por muito tempo. 

O fato é que, após a batalha sangrenta no País do Fogo e seu ferimento, ele foi levado às pressas para o País das Cerejeiras, um curandeiro fez um curativo para que ele aguentasse a viagem, ao qual ele fez o caminho todo desacordado, Sakura ao seu lado e Hideki a cavalo guiando os homens com Suigetsu que também estava ferido, mas nada grave. Naruto voltou ao seu reino, para ver como estava sua esposa e seus filhos.

Sakura nunca pediu tanto aos deuses para que salvassem seu marido, sentiu medo o caminho todo, a liteira ia lentamente, ao ver da rainha, que queria que fosse mais rápido, mas segundo o curandeiro, era perigoso, qualquer tranco poderia ser mortal para vossa majestade.

- Aguente Sasuke - Disse segurando a mão dele. - Não se atreva a me deixar. - Ela pedia chorosa. O rei podia não estar consciente, mas sentia o calor das mãos de Sakura, e no fundo ele só queria mais uma oportunidade para sentir os lábios macios dela de novo.



A comitiva foi avistada de longe e Hiroshi correu até os portões. Seus pais e seu irmão estavam de volta e aquilo enchia o garoto de felicidade, não aguentava mais o silêncio do castelo e os choros constantes de sua irmã. Queria sua mãe, para resolver os problemas do castelo, como ela sempre fez, queria dormir com ela a noite, segurar sua mão e ouvir histórias de lobos, com Luna deitada a seus pés. Agora aquelas histórias pareciam reais, e sim agora ele poderia viver aquelas aventuras magníficas com sua loba. Para o pequeno, tudo aquilo era simples e inocente, seus pais voltariam da tal guerra e eles estariam de volta ao Castelo do Fogo em breve. Seu pai lhe ensinaria a lutar e ele seria tão forte quanto ele ou seu irmão. A inocência do pequeno chegava a ser triste se olhasse pelo ângulo dos acontecimentos recentes, dos quais ele ainda não tinha menor noção. Ao avistar as tropas se aproximando ele correu, sendo seguido pela loba e por Tenten que pedia por tudo que fosse mais sagrado para que ele não fizesse isso. Ela não sabia em que condições todos estariam e poderia ser um choque muito grande para o menino. Mas ignorando os chamados ele correu, ao longe viu seu irmão, já sem o elmo e sem a armadura, apenas com a espada, em cima de um cavalo, que não era o que ele havia usado para sair dali.

- Irmão - Ele gritou correndo animado. Hideki sorriu ao vê-lo bem, porém se entristeceu. As chances de seu pai ainda eram pequenas e provavelmente ele teria que dar a notícia, que muitos preferiam ignorar. Hideki desceu de seu cavalo e o abraçou forte, segurando a vontade de chorar. Shadow vinha com ele, assim como Luna.

- Cuidou dele? - perguntou acariciando a cabeça do lobinho.

- Claro. Ele é muito quieto pra gente né, Luna ? Cadê o papai e a mamãe ? - ele quis saber sorrindo. Doeu em Hideki ter que tirar aquele sorriso do rosto dele.

- Papai está ferido. Eles estão na liteira.

- Ferido ? - a felicidade foi sumindo dos olhos negros.

- Tia Tsunade está aí ? - Se lembrou do corpo de Jiraya que vinha logo atrás da liteira de seu pai. Imaginou como diriam para a curandeira. Baixou o olhar. - Vamos para dentro. - Hideki subiu de volta no cavalo e pegou seu irmão para acompanhá-lo. Galopavam mais a frente a fim de chegarem logo.

A rainha lobaOnde histórias criam vida. Descubra agora