"Butterfly caught" (borboleta aprisionada)

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Silêncios dolorosos criam grandes crateras na mente de qualquer pessoa,buracos moldados pelo tempo,de chuvas e ventanias,tempo, onde nada se cria,nada brota,tudo se transforma,de chuva a rios,de rios a cachoeira e, enchentes e depois,o solo fértil,esse ciclo muda a vida de qualquer ser vivente,seja bixo,planta,ou gente.
Nada se cria em solo seco,dúvidas ou dores,enchem os olhos de água. Mas cresce vida logo após a agonia.Essa vida cíclica,ainda há de dar frutos,seus presentes iram transformar outras vidas,seus ensinamentos, iram curar feridas.
Amanda sentia sua forte presença no tempo,na chuva,no pó, que vinha da morte de velhos tempos,as cinzas,de sua família,sua descendência,de sua história;em particular,ela sabia que sempre iria dar um salto no tempo,como um ponteiro de relógio,muda a cada momento.
Aquela coisa de ser ranzinza tinha que parar,ela iria se render a algo maior,sem tirar os pés do chão,Amanda Sinclair,começa sua jornada no tempo,mas dessa vez,com a coragem que nunca teve,para poder assim então,solidificar,e quase profissionalizar oque aquele "tempo na banheira", a rendia. Vamos descobrir ?

CAPÍTULO I de II
"Chuva de cinzas"

Tudo bem tentar sair do "ordinário",de vez em quando, Amanda, mergulhada em sua banheira,ou olhando no espelho,sentia sempre algo a observando,tentando atormenta-la,não tinha muito tempo fora da sua casa,viajando no tempo,só tinha experiênciado Morgana e suas "furiosas florestas",toda a raiva daquele cenário,a deixava curiosa e pensando se Morgana conseguiria fugir da irmandade que a aprisiona,e se Will, se
Will...bom, ela realmente tinha ignorado oque tinha acontecido,e se sentia incapaz de viajar outra vez sem sentir contusões pelo corpo inteiro,esse "extraordinário" de sair de uma banheira,a quase um apocalipse fazia com que a menina tivesse que ter muita força
mental ,foco e disciplina.
Era algo de sua mente,alguns "sonhos acordados",não inteiramente vivídos,como aviões de papel,jogados no céu,ainda algo plástico.Para onde aquela voz a levaria?e além disso,ela teria que descobrir porque will não dera nenhuma pista ou satisfação,mesmo que por piedade ,a pobre,confusa,Sinclair.Will estava escondendo algo,e por mais que Amanda tentasse pensar em como tirar a verdade,a tentativa de ter uma intimidade com o colega,era falha,e terminava em sarcasmo barato.

Cada vez mais o relaxamento de Amanda se esvaia,tinha algo muito perigoso tentando chamar sua atenção,tentando afasta-la da verdade, do que estava descobrindo na viagem,ou só assusta-la.

Tudo que ela via parecia que estava escurecendo,ela estava quase todo dia tendo tonturas,ela sentia que algo iria lhe acontecer...e sentia também muita sonolência. Em quase todo momento de tontura,e medo ela tentava olhar para algum lugar,fixamente,e respirar algumas vezes;funcionava,mas em outros momentos ela tinha que dormir para passar a "sensação".

Em uma noite,enquanto ela caia no sono,se abria uma porta na mente de Amanda,e ela se viu em um quarto escuro,sentada em um chão cinza, que parecia estar só encimentado. Dessa porta vinha uma luz amarelada,ela escutou algumas gotas de água ao fundo,e uma respiração.

- Amanda..

Uma voz sussurrou um pouco maléfica,e deu um pequena risada a seguir como se,oque fosse acontecer, iria diveti-la.

-Amanda...disse a voz novamente,com a mesma risada maléfica, e depois,ela escutou um tilintar de canivete,bem perto de sua orelha.

-Como vai Amanda?

Falou agora na frente da menina,com um sorriso que lembrava o gato cherriuse,do "país das maravilhas" ,e com o canivete, passou levemente a lâmina em sua perna,que deixou um ferimento leve,na pele.

-Amanda?você não lembra de mim?
Disse com uma risada sorrateira,abrindo e fechando o canivete.

-Ah,doce menina...

-Há tanto tempo nos falamos,e você com expressão de susto,parece que não sabe...
Disse agora distorcendo um pouco a voz,ficando raivosa e grossa... fechando o canivete com força:

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