Possessive - (Euphoria)

Capítulo 10

Narrador POV

Podia-se imaginar vários cenários que levaram os gêmeos a estarem naquela situação no hospital.

Nate não era uma boa pessoa.
Uma vítima de seus traumas sim, ele podia culpar isso por suas ações, mas não chegava nem perto de ser uma boa pessoa.
E segundo o que era justiça para Fezco, ele teve o que mereceu.

Já S/n… Ela nunca machucou ninguém a não ser em suas lutas. Alguns corações partidos talvez, mas nunca passou disso… até o dia daquela festa na casa de Christopher McKay quando ela notou Cassie.

Quando dias depois ela simplesmente espancou Tyler por tentar abusar da garota, quando ela deu inicialmente o mínimo de atenção e proteção que Cassie necessitava. Podia ter ficado apenas assim se a loira não tivesse mergulhado de cabeça nisso tudo e S/n a colocado no meio de sua confusão.
Agora ela tinha um ex namorado com quem devia tomar cuidado.

Nate já tinha melhorado e recebido alta, o estrago feito em sua cara não parecia ter sido tão feio assim.
Mas ele voltou lá todos os dias durante uma semana, que foi o tempo em que a irmã ficou desacordada.
Ele ficava sentado ao lado de sua cama "conversando" com ela ou pedindo à alguma força superior que a fizesse melhor logo, ele até chorou algumas vezes, e se xingou mentalmente por não estar lá quando ela finalmente acordou.

Mas Cassie estava.
E Maddy também, por algum motivo a garota ia visitá-la com frequência, o que a Jacobs odiou saber.

Quando S/n voltou para casa parecia que finalmente tudo estava bem. Óbvio, tirando o grande curativo em sua cabeça que foi resultado de uma das cirurgias pelo qual ela passou, a luxação em seu braço, diversos hematomas pelo corpo e a proibição de seu treinador em relação ao boxe.
Mas sua mãe cuidava dela como se ainda fosse um bebê, e sua relação com Cassie estava tranquila mesmo que não tivessem retomado o namoro.

×

Dias depois ela se sentia bem o suficiente para suportar a escola, mas não para suportar o fato ter Nate como sua babá particular naquele lugar.

– Quando você ficar bem de verdade, nosso pai vai te dar outro carro. Aí eu não preciso olhar pra sua cara de morta-viva todo dia de manhã.- o garoto brincou bagunçando o cabelo dela lhe tirando um leve sorriso

– Eu sou magnífica. O gêmeo que não deu certo foi você.

Eles se separaram no corredor da escola e S/n trombou com uma certa loira e suas amigas.
Logo sendo agarrada por Jules e Kat que não paravam de falar o quão bom era vê-la novamente.
Cassie a puxou a abraçando apertado, escondendo o rosto na curva de seu pescoço. "Ciumenta como sempre" a Jacobs pensou.

Já Maddy não escondia o descontentamento de vê-las juntas.

[...]

– Você vai pra casa agora?- Nate perguntou interrompendo um momento fofo de S/n e Cassie na saída da escola

– Você quer mesmo uma resposta?

– Palhaça. Tá com o seu remédio aí?- ela confirmou.— Tudo bem, te vejo na hora do jantar.

E saiu com Maddy agarrada em seu braço.

– Temos mais uma rodada desse casal. Será que eles nunca vão cansar?

– Essa é uma pergunta que ninguém sabe responder.

×

– Fiquei com tanto medo de te perder. Não gosto de te ver assim, machucada.- Cassie acariciava o rosto da maior deitada em seu colo

– Você não vai me perder. E tecnicamente, eu sou uma lutadora, então me ver machucada às vezes faz parte da convivência.

– Quando a gente se casar você não vai mais lutar, não posso viver com medo da minha esposa ficar irreconhecível de tanta surra.

S/n arqueou uma sobrancelha com aquilo.

– A gente nem voltou ainda e você já pensa em casamento? Muito apressada, Howard.

– Eu penso nisso há um tempo, ok? Tipo, como seria me casar com a badgirl mais desejada daquela escola… mas você vai ter que me reconquistar.

S/n pegou a mão da garota a colocando em seu peito, Cassie sorriu ao "sentir" seus batimentos acelerados. A Jacobs tinha a mão no pulso dela vendo que lhe causava o mesmo efeito.

– Nunca nos perdemos, loirinha.

– E se a gente acabar se destruindo?

– Eu te deixaria ir antes que isso acontecesse.- entrelaçou suas mãos

Cassie sabia que se S/n estava calma naquele momento para ter uma conversa assim era apenas um efeito do remédio que estava tomando, de alguma forma ela estava frágil e era a primeira vez que ela não se importava se a loira visse isso.

– Tá na hora de te levar pra casa, princesa perdida.

– Da minha mãe eu até aceito isso, mas você pode ficar sem me tratar como se eu fosse um bebê.- resmungou levantando

– Negativo. Gosto de cuidar de você.

×

No caminho até a casa dos Jacobs elas pararam na loja do Fezco, se deparando com a tensão que havia ali entre o ruivo, Lexi e Cal.

– Pai? Tá fazendo o que aqui?- Cal se assustou com a presença da filha

– Eu? Eu vim…eu vim comprar um chiclete.- mostrou a embalagem em sua mão.— Você não devia estar em casa?

– Eu tô indo pra lá agora.

– Sentiu alguma dor durante o dia? Mal estar ou algo assim? Você não fez nada muito arriscado não, né?

– Eu tô bem, Cal, não precisa me interrogar.

O homem pagou o que havia comprado e saiu deixando o ambiente mais leve.

– Seu pai é bizarro.- Faye comentou.— Aí, o que aconteceu com você?

– Um pequeno acidente depois que saí da casa da Alicia.- S/n respondeu baixo por saber que Cassie estava perto

– Pequeno? Pequeno é o Ash, parece que tu foi atropelada por um caminhão.

– Olha, Fez, nem te conto…

– Vamos S/n.- Cassie disse já indo para o carro

A Jacobs mexeu a gola da camisa em sinal de "coleira" fazendo os outros três rirem de seu gesto, e seguiu a loira.

– Conhece aquela mulher?- a loira perguntou enquanto dirigia e a outra confirmou.— De onde?

– É uma longa história, um dia eu te conto.

– Já transou com ela? E quem é Alicia? Olha, eu não me importo, mas acho que-

– Cassie! Se acalma, tá? Só por isso vou deixar sua curiosidade te matando mais um pouquinho.- S/n riu ouvindo a garota resmungar.— Você é única pra mim, loirinha.

– Acho bom mesmo, mas você tem que falar isso também pra aquele seu fã clube de garotas na escola.- a Jacobs gargalhou alto com aquilo.— Para de rir, sua estúpida, eu tô falando sério.

Cassie encostou na frente da casa dos Jacobs, sentindo S/n rapidamente capturar seus lábios com os dela em um beijo lento e apaixonado.

– Eu te amo sua chata.

– Eu te amo loirinha ciumenta.

A Howard esperou a garota entrar em casa para pegar seu caminho de volta com um sorrisinho bobo enfeitando seus lábios.
Um dia inteiro de paz com ela era o que desejava há meses.
Porra, ela a amava tanto.

Sentiu seu celular vibrar e olhou relance a notificação.

Era uma mensagem de Maddy dizendo que queria conversar com ela.

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Capítulo pequeno e um pouco fofinho...
Esse negócio tá estranho.