I'm still standing

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Lizzie pov 

Finney estava ao meu lado quando me contaram sobre meu pai, ele me abraçou, me confrontou, me disse que tudo ia ficar bem. 

- Oi Lizzie - uma mulher que não conheço fala se aproximando de mim 

- Quem é você? 

- Meu nome é Jessica, eu sou... eu sou sua mãe, lamento pelo que você teve que passar e pelo seu pai. Você tem todo o direito de me odiar por te abandonar, eu mereço isso pelo fiz, não vou tentar minimizar porque não é justificável, mas eu tô aqui agora. 

- E o quê isso tem a ver com você? 

- Bom, agora você precisa de um guardião, então eu vou cuidar de você. 

Não é como se eu tivesse muita escolha. 

//////////

Já faz quase uma semana, Jessica tenta o melhor para me deixar confortável, ela tenta cuidar de mim da melhor forma possível. 

Eu tenho pesadelos todas as noites, acordo gritando e chorando, Jessica tenta me acalmar, mas não é dela quem eu preciso. 

Eu preciso dele. 

- Jessica por favor me leve para casa de Finney e Gwen. 

- Lizzie são 2 da manhã, não dá para esperar até amanhecer? 

- Por favor, eu não consigo dormir. 

- Ok, pegue seu casaco. 

///////// 

Assim que o carro para na frente da casa eu pulo pra fora e corro para a porta batendo freneticamente. 

O pai de Finney e Gwen abre e me olha confuso 

- Lizzie? O qu- não espero que ele termine a frase para entrar na casa e ir ao quarto de Finney. 

Quando abro a porta vejo Gwen e Finney deitados na cama. 

Desde que retornamos Gwen não larga Finney por nada, o que é totalmente compreensivo. 

- Lizzie, o que está fazendo aqui? - Finney pergunta sonolento enquanto eu me deito ao seu lado. 

- Não consigo dormir, quero dormir aqui, com vocês - eu falo me aconchegando nele. 

- Tudo bem então, bons sonhos - Finney fala me cobrindo com o lençol. 

Dormimos assim, os três, com Finney entre eu e Gwen, que nem sequer notou minha presença até o amanhecer. 

/////////// 

Esse vai ser o primeiro dia de aula depois de tudo. Estou parada na frente da escola. 

- Não sei se quero entrar - eu confesso a Finney que está ao meu lado. 

- Nem eu, mas a gente vai ter voltar para escola em algum momento. 

- É eu sei, juntos? - eu pergunto e estendo a mão para Finney. 

- Juntos - Finney falou entrelaçando nossos dedos e caminhando para dentro. 

Assim que passamos da porta os estudantes começam a nos encarar e cochichar coisas do tipo: 

"São eles?" 

"Achei que ele fosse maior" 

"Como ele conseguiu matar o sequestrador, se ele devia medir uns 2 metros" 

"Coitadinha" 

"Coitadinha nada, aposto que ela sabia e ainda ajudava" 

"Não fala besteira Kate" 

O lado obscuro do amor Onde histórias criam vida. Descubra agora