Epílogo

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Junho de 1998

Muitas coisas aconteceram nesses últimos 20 anos. Eu me formei em psicologia e sou psicopedagoga na escola em que eu estudava, Finney é engenheiro espacial na N.A.S.A.

Nós nos casamos aos 18 anos, eu tinha certeza de que queria construir uma família e passar o resto da minha vida com ele, então por que esperar?

Finney e eu tivemos 6 filhos, pois é, 6 filhos.

Gwen seguiu seu plano e se casou com Danny Bonaduce, eles tiveram 2 filhos: Mark e Emma.

Donna se casou com um colega de faculdade e atualmente de trabalho de Finney, Robert Wheeler, eles têm 3 filhos: Elisa, Derick e Grace.

Estava terminando de trocar a fralda de Luna quando ouvi um barulho vindo da sala. Quando chego lá me deparo com um vaso de flores que costumava ficar em cima da lareira, espatifado no chão.

- Bruce já conversamos sobre isso, você não pode jogar dentro de casa porque você pode quebrar algo ou pior machucar você ou seus irmãos - eu falo repreendendo o garoto de 5 anos enquanto estou com Luna nos braços.

- Desculpa mamãe - o garotinho fala cabisbaixo escondendo seu taco atrás de si. 

- Meu amor daqui a pouco Mark vai chegar, aí vocês vão poder jogar no quintal tá certo? 

- Ele vai demorar muito? - Bruce pergunta se sentando no sofá.

- Não, eles já devem estar chegando. 

- Mamãe, me ajuda com o dever de casa - Robin grita da cozinha 

- Já estou indo filho - respondo a ele - Vance fica de olho na sua irmã enquanto eu ajudo Robin - falo entregando Luna a Vance que está sentado no sofá assistindo tv. 

- Ah mamãe, por que eu? Por que não Billy? - Vance resmunga enquanto Luna se estica para puxar seu cabelo. 

- Porque eu pedi a você - eu digo e vou para cozinha onde encontro Robin sentando na mesa fazendo seu dever de casa. 

- Precisa de ajuda em quê, querido? 

- Matemática - ele responde desanimado - não importa o quanto eu tente não consigo entender a questão. 

- Meu amor, infelizmente você puxou a mim nesse quesito, eu era terrível em matemática, o papai tinha que ajudar a mim e ao tio Robin com as atividades o tempo todo - eu falo lendo o enunciado da questão e realmente é um pouco complicado para um garoto de 7 anos - Faz assim coloca qualquer coisa, o importante é fazer né? 

- Nada disso - Finney fala entrando na cozinha com as compras - Deixa que eu te ajudo com o dever - Antes de se sentar ao lado de Robin, Finney me cumprimenta com um selinho rápido. 

Ao olhar para a janela da cozinha vejo Griffin sentando no pé da árvore que fica em nosso quintal, ele está fazendo alguma coisa em seu caderno, não sei se está escrevendo ou desenhando já que ele não deixa ninguém ver. 

Já faz um bom tempo que ele está lá, então como está quente, eu levo um copo de água gelada para ele. 

- Passou protetor solar querido? - eu pergunto me aproximando do garoto que desvia sua atenção do caderno para mim - Você sabe que quando se expõe ao sol por muito tempo acaba vermelho como um camarão - eu falo entregando o copo e me sentando ao seu lado. 

- Eu passei mamãe - Griffin diz quando termina de beber o conteúdo do copo - Eles já estão chegando? 

- Acredito que vão chegar a qualquer momento - eu digo olhando ao redor, não vejo Billy em lugar nenhum - Você sabe onde Billy está? 

O lado obscuro do amor Onde histórias criam vida. Descubra agora