Depois que jantamos, Dustin me arrastou para o seu quarto e agora estamos aqui vendo coisas de D&D. Meu irmão explica as coisas todo animado e por um momento acho a cena toda muito engraçada.
Uma nostalgia toma conta de mim enquanto escuto ele e vejo as peças do jogo à nossa frente, a maioria delas pertencia a mim, mas doei para o meu irmão quando parei de jogar.
Algumas horas depois, de muito Dustin falando, eu dou boa noite para o meu irmão, dando um beijinho na sua bochecha e o mesmo fica corado com a minha demonstração de afeto.
Meu irmãozinho tá crescendo tão rápido que por um momento fico com um aperto no peito. Queria que ele ficasse assim para sempre, que não crescesse mais e fosse esse nerd tagarela que ama me incomodar. Depois desse momento "irmã babona" eu vou para o meu quarto me preparar para dormir.
Deitada na cama, depois de tomar o comprimido, fico de olhos fechados na expectativa do dia seguinte. Confesso que estou nervosa para a campanha amanhã, faz tanto tempo que não jogo. Será que ainda sou boa nisso?
Lá no fundo sei que quero impressionar Eddie. E se ele concluir que não jogo bem? E se ele não me achar mais tão fascinante? E se ele se decepcionar comigo? E esses "e se" voltaram novamente. Balanço minha cabeça achando tudo isso bobagem. Eddie não é como os outros!
Por um momento me sinto angustiada e percebo que não é só pelo jogo de amanhã. Por alguma razão meu "sensor de perigo" está soando dentro de mim, uma ansiedade pelo que está por vim, que nem eu mesmo entendo. Antes de continuar a pensar em qualquer coisa do gênero, eu sinto meu corpo relaxar e meus olhos fecharem lentamente.
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O despertador toca e eu acordo gemendo, minha cabeça está martelando de dor, mas pelo menos consegui dormir sem pesadelos. Com dificuldade eu me levanto, ainda de olhos fechados, fazendo a dor pulsar por toda a minha cabeça piorando ainda mais.
Depois de conseguir me arrumar com muito esforço, desço as escadas para tomar café da manhã, mas antes disso pego um remédio para dor de cabeça com mamãe.
"O que tá acontecendo com meus filhos? Num dia um tem dor de barriga e no outro a outra está quase desmaiando de dor de cabeça! Devo ser uma péssima mãe."
"Mãe, para de drama. Você é a melhor mãe do mundo!" Dustin fala empolgado.
"Agora já sei porque você é tão dramático, Dustin." digo rindo, fazendo a dor da minha cabeça piorar.
Steve chega para buscar a gente e saímos de casa indo encontrá-lo.
"Sorria, Steve! É o último dia que você nos dará carona." Dustin fala no banco de trás.
"Finalmente, já estava achando que tinha virado o chofer de vocês."
Eu não me aguento e começo a rir. "AI!" exclamo, colocando as mãos na cabeça.
"Você tá bem?" Steve me olha preocupado.
"Ela só tá com dor no cabeção." Dustin fala por mim.
"Você tem sorte de eu estar debilitada no momento, Dustin." fico com a cabeça encostada no banco, com os olhos fechados.
Descemos do carro de Steve e sinto que minha cabeça está um pouco melhor.
"(S/N), Eddie me pediu para apresentar você hoje no intervalo, ele quer saber quem é a substituta. Eu te busco na sua sala, me espere lá!" quando termina de falar ele sai correndo porta adentro.
Ainda meio mal, vou andando até meu armário. Quando chego, Eddie me vê e sua expressão fica preocupada.
"Aconteceu alguma coisa, (S/N)?"
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Upside Down - Eddie Munson
Fanfiction(S/N) Henderson só quer terminar logo o ensino médio e sair de Hawkins, pra bem longe de Upside Down. Tudo parece estar tranquilo, mas coisas estranhas irão voltar a acontecer em Hawkins, e isso irá afetar muito Henderson.
