Capítulo 1- Mulher do bar

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Notas da autora: Olá, gente. Eu não sei se vocês perceberam, mas eu tirei a fic por um tempo, eu modifiquei muito ela, não estava satisfeita com a anterior. Acredito que essa vai bem mais direto na história que eu quero escrever. Espero que gostem.

Fique bem claro que eu autora não tenho nada contra os maridos das duas, nada contra nenhum familiar das duas, nada contra nada das duas. É apenas uma obra totalmente fictícia.

Referências do capítulo:

Série greys Anatomy, episódio 1x01 e episódio do bar

Filme "Como se fosse a primeira vez"

⚜️⚜️⚜️

Soraya

Observei Débora virar seu quinto shot de tequila e sorrir alegremente já alterada pelo álcool.

— Devagar, De. Você ainda tem que me levar em casa- observei o relógio e eram exatas 2:45h da madrugada de domingo.

— Yaya você fica tão sexy com essa peruca- disse Débora já claramente bêbada

Meu cabelo é um castanho claro, mas desde os 14 anos me obrigo a usar uma peruca sempre que venho nesses famosos bares de Campo Grande, não que eu me orgulho de frequentar esses locais desde muito novinha, mas era como se fosse uma válvula de escape onde eu podia me divertir sendo eu, sem paparazzi me reconhecendo em todo lugar. Ser filha do governador e ter a vida exposta desde o nascimento tem seus pontos negativos.

—Decidir vim morena hoje, me achei diferente, mas está sexy mesmo - pisquei jogando charme

Débora me puxou sorrindo me levando para pista de dança, estava animada, mulheres de todas as idades cantando alto, sorrindo, beijando e sendo livre. Vim em bares lésbicos com Débora tirava de mim uma certa culpa em sair escondida do meu futuro marido, Cézar. Aqui não tinha homens e as mulheres sabem se respeitar, Marina fingia ser minha namorada para ninguém se aproximar e eu gostava disso, eu poderia apenas dançar e beber.

Abracei animada Débora quando começou a tocar nossa música, era impossível ficar parada tocando We are young em qualquer lugar, aquela música me transmitia um sentimento inexplicável de liberdade, coisa que eu não podia muito expressar na minha família extremante conservadora. Bom, a Débora minha amiga que nesse momento está com língua grudada na boca de outra menina, me deixava ser a Soraya sem rótulos desde os 10 anos, quando puxou me cabelo alegando que era muito quieta, eu amo Débora , é a minha melhor amiga.

A música animada parou dando sequência a uma romântica, praguejo sempre o DJ que coloca música romântica em bar, qual a necessidade? Deixei Débora dançar abraçada com a sua garota e fui em direção ao balcão caçar qualquer bebida não alcoólica por lá.

—Uma limonada, Marcela. Por favor

Fiquei um instante observando a movimentação da pista, até olhar para o lado e observar uma mulher de cabeça baixar, não que eu goste de me intrometer nos problemas alheios, mas ela estava de blazer e calça de alfaiataria em um bar, não que seja errado, mas eu tenho a impressão que ela não faz ideia de onde estava.

—Aqui sua limonada, Soso. Acredita que ela está aqui desde 1h da manhã, não pediu nada, não dançou.

Marcela disse como se a mulher em questão não tivesse ali presente, se virou e foi atender outras pessoas. Eu poderia ir pra pista dançar, pois não tinha tanto tempo para aproveitar, mas meu sentimento de humanidade fez eu cutucar delicadamente o braço dela, fazendo levantar rapidamente sua cabeça. Seus olhos estavam vermelhos, se rosto todo estava, é notável que ela estava chorando, me arrependi na mesma hora, escutar chifre ou coração partido de bêbado era o top1 de coisas para serem evitadas em um bar.

Professora Tebet - Soraya e Simone TebetOnde histórias criam vida. Descubra agora