Capítulo 8 - A outra face

1.3K 120 93
                                    


Alerta de gatilho‼️‼️‼️

Se você sofreu ou sofre algum tipo de violência, não leia esse capítulo ou pule partes


⚜️⚜️⚜️

Soraya

Sabe aquele momento que o tempo parece passar tão devagar que você sente até o barulho do silêncio? Paralisada ali na frente de César e minha mãe, não conseguia mover um músculo.

Mas a raiva sentida naquela hora me faria voar pra cima de César e chutar ele daqui.

— O quê fazem no meu quarto? Principalmente você César, o que fazes aqui?

Ele estava visivelmente com cara de choro

— Acho que você não está no direito de fala, Soraya — minha mãe disse.

— Como não estou? Você sabe o quê aconteceu? César você contou pra ela?

— César me contou tudo, os mínimos detalhes, e eu dou a razão pra ele. Você quer foder com a reeleição do seu pai, Soraya.

— Mãe, presta atenção, esse infeliz estava no nosso
Motel com outra mulher, outra mulher, mãe. Como você pode dar razão pra ele?

— Baixa o tom Soraya! Você queria que César fizesse o quê estando com uma mulher como você? Você acha que essas suas escapadas durante a noite indo em bares homossexuais era escondida? Você acha mesmo que sendo você filha do governador do seu Estado, a gente não contrataria um segurança particular pra está na sua cola? Você se fantasia que nem uma puta com essas perucas e queria que seu noivo fizesse o quê?

Minha boca fez um perfeito O naquele momento, eu nunca, em hipótese alguma imaginei que sempre fui vigiada. Isso era demais pra mim.

— Eu nunca levei nenhuma mulher ou homem para o nosso motel, você é a minha mãe, poxa — lágrimas involuntária caíram dos meus olhos — deveria está do meu lado.

Olhei pra César com total decepção, nunca conhecemos alguém verdadeiramente bem e nunca vamos conhecer mesmo com anos de convivência. Não que aquela atitude dele tivesse denominado ele com um ser mal, mas a ação dele foi.

Mas eu sou ninguém para está aqui julgando ele, agora pouco transei com a minha própria professora, mesmo tendo rompido o noivado antes, mas e Eduardo? Eduardo seria o machucado dessa história.

— Eu nunca passei a mão na sua cabeça e nunca vou passar, Soraya. Eu sempre tenho que ajeitar suas merdas, sempre. Eu tive que pagar 50 mil reais para aquela recepcionista. Olha Soraya, eu não sei se você é burra ou ingênua, mas você pelo menos pensou que essa bomba entregue de bandeja não custaria dinheiro pra ela na mídia? Ainda mais para o rival do seu pai.  Pensa o tanto que ele iria avançar em meio dessa bomba.

— Por favor, saiam do meu quarto — disse aos gritos

— Ainda não acabou, Soraya. Você ainda vai se casar com César, nem que seja amarrada.

— Pra eu viver infeliz e corna como a senhora vive?

Sentir meu rosto arder com o tapa que ela meu deu, não satisfeita ela me jogou na cama, subiu em cima de mim e desferiu tantos tapas que eu não conseguia me defender. O covarde do César apenas ficou olhando assustado, não fez nada. O quê esperar de um frouxo?

Ela bateu tanto meu rosto que eu sentia queimar com a lágrima salgada que saia dos meus olhos, ela só se sentiu satisfeita quando deu um pequeno corte com suas unhas afinadas.

Foi embora em deixando ali na mesma posição, em estado de choque.

Nunca tinha apanhado, mas apanhar fisicamente tem um peso 2x mais, pois você sofre tanto físico, quanto mental depois que tudo aquilo acaba.

Professora Tebet - Soraya e Simone TebetOnde histórias criam vida. Descubra agora