Doce Mentiras Amargas Verdades - Livro IV

Capítulo 88 - Um convite inesperado

Roupas requintadas de rendas e transparências em preto. Algumas com padrões intrincados que davam uma aparência iridescente e eram comumente vistas nas asas das borboletas enquanto flutuavam à luz do sol ou se alimentavam do néctar das flores.

Era uma combinação exótica e erótica, algumas peças de vestuário eram tão pequenas que deixaram muito pouco à imaginação, apenas o suficiente para deixar voar os pensamentos e alcançar os limites mais quentes do gênero masculino, bem como encher a mulher usando um dos conjuntos de lingerie com confiança e sensualidade.

Juliana mal podia acreditar que estava segurando em suas mãos as primeiras peças de vestuário da coleção Night Butterfly, elas eram realmente agradáveis de tocar e o mais importante; ela estava certa de que podiam virar cabeças.

"Eles são perfeitos." – A voz de Lúcia foi ouvida com entusiasmo. – "Eu quero estes". – Ela puxou seu sutiã sobre suas roupas.

"Você vai ficar extremamente sexy com esses peitos." – Disse Juliana com uma risada.

"Ah Juli, por favor, não me lembre" .- Lhe entregou a roupa sentindo-se completamente desanimada.

"Só estou te provocando um pouco". – Se aproximou e lhe deu um abraço. – "Você está linda de qualquer forma".

"Sim, por favor Juliana, eu estou horrível e o pior é que serão oito dias ou mais, como eu vou ver Leon? Eu definitivamente não poderei ir neste fim de semana".

"Ele vai entender". – Enquanto ainda abraçava sua amiga, se inclinava mais perto de seu ouvido. – "Você pode pedir a ele que realize sua fantasia com a venda".

"A proposta parece interessante". – Respondeu sufocando uma risada. – "Mas a primeira impressão que é difícil para mim".

"Não se preocupe Luci, aquele homem não vai se importar com isso." Ela quebrou o abraço e olhou nos olhos para tranquilizá-la.

"Espero que sim, mas talvez assim que ele me vir me mande de volta." – Riu, zombando de si mesma sem poder ajudar.

"Boa tarde." – A voz de Valentina invadiu, saudando os presentes.

Juliana manteve os olhos em Lúcia, mas não conseguiu esconder o sorriso e evitar que seus joelhos tremessem. Ela gostava muito quando era surpreendida assim, quando chegava sem aviso prévio. Valentina foi o mais belo e importante de todos os acontecimentos inesperados que haviam acontecido em sua vida.

Antes de virar os calcanhares, pensou no movimento porque tinha medo de cair, dada a falta de controle que Valentina estava exercendo sobre suas pernas, e a viu de pé na lateral da porta com as mãos nos bolsos e seu característico sorriso de lado. A que executou o vazio em seu estômago e a levou aos limites da vertigem. Ela muitas vezes se perguntava se era o mesmo para ela, se tinha tanto poder sobre a Valentina...

Valentina viu Juliana de pé no mesmo lugar, não deu um único passo e suas mãos começaram a suar, sensação estúpida e maravilhosa que a consumiu. Ela apenas balançou a cabeça e sorriu, tentando se livrar de tanto nervosismo desnecessário e decidiu se aproximar da mulher que não se dignou a tirar a necessidade em sua boca que a atormentava, exigindo prová-la a cada segundo.

Ela fechou as mãos em torno da cintura de Juliana e olhou nos olhos dela, mas antes que pudesse se livrar da vontade de beijá-la, sabia que tinha que se ater às regras da cortesia e cumprimentar Lúcia.

"Oi Lucia, o que disse o médico?" – Perguntou e percebeu que era mais chocante do que pensava.

"Os vasos sanguíneos, mas dentro de algumas semanas a mancha desaparecerá e deixe de olhar para mim, você está me deixando pior." Disse com toda a sinceridade que possuía.