Um Lan -Nada- Convencional

Capítulo II

‼️ Contém gatilhos ‼️
• Não recomendado para pessoas sensíveis •

Ele queria dormir
Mas as vozes na sua cabeça
Ficavam gritando, coração pulando
Ansiedade gritava: Surpresa
Ele queria fugir
Mas o seu corpo não se mexia
Sua própria voz falava
Que na vida nada ele conseguiria
Ele gritava, ah
Mente surtava, ah
Ninguém tá nem aí pra você
Fazer o quê?
Toda meia noite — Vincy

Boa leitura

           Um novo dia estava se iniciando, e novamente Jiang Cheng se encontrava no quarto do filho tentando acordar ele, uma missão que cada dia ficava mais complicada. De repente Jingyi acordou assustado e se sentou na cama um pouco ofegante.

           ───── Pesadelo? ─── Perguntou o Jiang fazendo um carinho no cabelo do filho.

           ───── Papai… ─── Disse se virando e abraçou o mais velho e assim começou a chorar. ─── Você está aqui… ─── Falou com uma voz embargada por conta do choro.

           ───── Sempre estarei aqui, meu amor. ─── Disse se afastando um pouco e deu um beijo em cima de cada olho do garoto.

           Após o menino se acalmar, se levantou da cama e saiu com o pai indo para a cozinha, uma rotina diária. Chegando na cozinha, como sempre Jingyi foi recebido por Dandu, e assim que o cachorro libertou ele, o garoto se direcionou a um quadrado onde tinham alguns ímãs de estrelas e colocou uma estrelinha em uma linha onde tinha seu nome escrito.

           ───── Não se cortou hoje? Já podemos comemorar? ─── Falou Xichen se aproximando do filho e abraçando ele.

           ───── Não é preciso comemorar, papai. ─── Disse rindo baixo. ─── Até porque o meu recorde foi uma semana e três dias, um dia não é nada de mais. ─── Se separou do abraço e foi para a mesa.

           Depois daquela conversa a família começou a tomar o café da manhã, e após isso seguiram a rotina de sempre e logo depois pegaram estrada, Jingyi ficaria no colégio e os mais velhos iriam para o trabalho.

           ───── A-Yi, hoje seu pai Xichen é quem vai levar você 'pra a psicóloga, porque pela tarde eu vou passar no mercado para comprar algumas coisas, ok? ─── Falou Cheng que deu uma rápida olhada no retrovisor do carro para ver o filho que logo assentiu em resposta a ele.

           Desta vez Jiang Cheng resolveu ir dirigindo o automóvel. Quase sempre era assim, um dia Xichen e outro dia Cheng. Quando chegaram na frente do colégio, a família se despediu e assim Jingyi saiu de dentro do carro bem receoso, ele se sentia sufocado no colégio.

           Assim que o carro se distanciou da faxada do colégio, o jovem Lan andou o mais rápido possível para dentro do edifício, indo direto para sua sala, segundo ano do colegial (turma A), se ele pudesse ele mudaria de sala apenas para não ter que se encontrar com seu primo, Lan Sizhui.

           Chegando na sala, ele entrou o mais rápido possível e colocou sua mochila sobre sua mesa e se sentou deitando a cabeça sobre a mochila, na tentativa de se "camuflar". Porém, sua paz durou apenas dois minutos, de repente entrou um grupinho de pessoas, os populares e também valentões, o inferno do jovem Lan.

           ───── Tentando se esconder, priminho? ─── Debochou Sizhui puxando o cabelo de Jingyi para trás, fazendo assim o menino levantar a cabeça.

           ───── Me deixa em paz, Sizhui! ─── Exclamou o garoto já cansado de toda aquela situação. ─── Eu nunca te fiz mal para você! ─── Disse se levantando da cadeira e ficando frente a frente com o outro Lan.