Fire and Blood

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- Mãe, eu já disse! Não quero me casar! - Aemma Velaryon sentou-se irritada. 

- Querida, eu sei o que sente, acredite, mais do que qualquer outra pessoa, eu sei. Mas assim como eu, precisa cumprir sua função como parte dessa família. - Rhaenyra disse pegando a mão da filha.

- Não podemos esperar? - A garota olha para o chão desanimada. 

- Já esperamos muito, Aemma. - A mãe puxa sua filha para um abraço. - É inevitável.  Além disso, seus pretendentes chegam em dois dias. 

Aemma faz uma careta. 

- Minha filha, me prometa que vai pelo menos dar o benefício da dúvida a eles? 

- Tudo bem, eu prometo. - A mais nova assente contragosto. 

Aemma se levanta e sai da sala de reuniões de sua mãe, Rhaenyra, a rainha dos sete reinos, andando pelos corredores do castelo e sem a mínima esperança, a garota começa a chorar. 

Ela detestava a ideia de casar sem qualquer tipo de sentimento. Sabia que seria infeliz. Queria ter um gosto da paixão que sua mãe nutria pelo marido, Daemon. 

- Pegou fogo no palácio, princesa? - A voz vem de trás de uma pilastra. 

- O quê? - Ela diz enxugando o rosto. 

- Está chorando tanto que se não for para apagar um incêndio, temo que teremos uma inundação. - O homem ironizou. 

- Cala boca, Aemond! - Ela responde enquanto ele da de ombros.

Aemond caminhou para perto de Aemma, que havia se sentado em um banco discreto em baixo de uma janela. Ele usava suas botas, roupas de couro de dragão e seu tapa-olho, todos na cor preta, a não ser pelo cabelo. O clássico loiro Targaryen, tão claro, quase branco, e diferente do da própria Aemma, que tinha cabelos negros como a noite, que contrastava bem com seu vestido cor de vinho com detalhes dourados.

- Uma garota bonita não deveria chorar de forma tão feia. - Ele disse ao sentar ao lado dela.

- Não sei se isso foi um elogio ou uma maneira de me insultar e me fazer agradecer por isso. 

- Talvez os dois. - Ele riu de maneira discreta. - Querida sobrinha, o que lhe aflige? 

- Minha mãe disse que vou ter que me casar. 

- Isso é tão ruim? - Ele a encarou.

- Claro que é! Por acaso você quer se casar? - Aemma perguntou.

- Não me parece uma péssima ideia. 

- Fala isso porque é homem. Pois casado ou não, nada na sua vida mudará. - Ela disse triste. - Eu só queria voar com meu dragão e desfrutar da liberdade. Agora terei de ficar obediente a algum homem que nunca vi na vida. 

- Talvez tenha razão. Mas veja Helaena, ela não me parece triste com o casamento dela com Aegon. - Aemond continuava observando. 

- Talvez ela não seja triste, mas ela com certeza não é feliz. O que da a ela vantagem é permanecer em casa e que Aegon é um frouxo. Ele não conseguiria dar ordens a um cavalo, não sei como ele consegue montar seu dragão.

Aemond riu, o que chamou a atenção de Aemma. Ela nunca o vira rir daquela forma antes. Helaena e Aegon além de casados também eram irmãos. Esse tipo de casamento era comum entre os Targaryen para que o sangue da família se mantivesse puro ao longo das gerações. 

- E seu irmão? Jacaerys casou com Baela e parecem felizes. 

- É, talvez eles sejam. Mas não me conformo, terei que escolher um homem baseado em que? Sei que eles não me querem e sim querem a coroa. O maldito título de príncipe consorte.

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