Fire in the Dark

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Aemma andava pelos corredores na companhia de Laenon Velaryon, um de seus pretendentes e também seu primo.

- Está animada com essa história toda? - Ele perguntou.

- Acho que 'animada' não é bem a palavra... Talvez 'irritada'? - Ela respondeu e os dois riram. - Não sei se estou pronta.

- Para ser justo, desde pequena você sempre foi irritada. - Ele a encarou. - E para ser sincero, acho que nenhum de nós está até chegar a hora.

- Pode ser que tenha razão, primo. - Ela o encara de volta. - Como estão as coisas em Driftmark?

- Algumas questões políticas para serem resolvidas mas nada grave.

- Casar comigo ajudaria a resolver esses problemas?

- Não posso dizer que prejudicaria. - Ele sorriu enquanto continuavam andando.

Caminharam por mais um tempo juntos até o labirinto que tinha no jardim do castelo, conversavam sobre a vida e lembravam de histórias de quando eram pequenos.

Ao longe, Edmund Stark estava parado observando. Aparentemente, a familiaridade de Laenon e da princesa não era um bom sinal. Ele precisava fazer alguma coisa para ganhar as graças da garota. Dançou com ela várias vezes naquele jantar e mesmo assim ela parecia imune aos seus encantos. Ele fez tudo que sabia. Segurou a cintura dela de um jeito firme o suficiente para mostrar sua masculinidade mas suave o suficiente para não ser grosseiro. Contou histórias sobre seus feitos e sorriu ardentemente para ela, o que na sua vasta experiência, faria qualquer dama derreter por ele. Mas não Aemma. Essa era difícil de domar. Talvez montar um dragão seria mais fácil.

Precisava pensar em um jeito de atrair Aemma e faze-la se casar com ele. Seu pai lhe deu ordens claras. A Casa Stark precisava do poder e influência que os Targaryens e seus dragões possuíam.

Assim que Laenon se afastou um pouco, Edmund percebeu que era sua deixa e se aproximou da pincesa.

- Alteza! - Ele disse charmoso. - É muito bom vê-la novamente.

- Edmund. - Ela cumprimentou.

- Me faria a honra de me fazer companhia nessa caminhada? Acho que seu antigo acompanhante fugiu. - Ele tentou uma brincadeira e ela sorriu.

- Claro.

Durante o caminho, Stark encheu Aemma de histórias sobre sua casa. Algumas ela até achou interessante, mas tinha algo de estranho em Edmund. Ele parecia obstinado em conquistá-la. Mal sabia ele, que ela pensava em outro, e o pior, não era nenhum de seus pretendentes.

- Desculpe a pergunta princesa, mas, como tenho me saído em relação aos outros pretendentes. - Ele disse parecendo inocente. - Tento lhe arrancar um sorriso, mas está difícil.

- Minha ajudante, Litha, acha que o senhor é deveras perigoso. - Aemma o encara. - Ela disse que quanto mais bonito mais difícil.

- Isso foi um elogio ou insulto? - Ele riu. - Acredito que devo agradecer por elogiar minha aparência.

- Não fui eu quem o elogiou, foi a Litha. - Ela riu e ele também em resposta satisfeito. - Mas, sim, o senhor é um homem bonito.

Ele parou de caminhar, fazendo-a recuar também. Stark se aproximou de Aemma de uma forma, que se vista por outras pessoas, pareceria desrespeitosa. Colocou seus rostos frente a frente. Ela não havia chegado tão perto assim de um homem, a não ser pelo tio. Como ela não recuou, Edmund se aproximou um pouco mais.

- Não sou apenas bonito, princesa. Tenho outras qualidades. - A respiração dele esquentava o rosto dela. - Posso lhe mostrar uma delas agora. - E sem rodeios, ele tocou os lábios dela com os seus.

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