Aqueles olhos -01

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Um homem destroçado, criado em um lar violento, presenciou, inúmeras vezes sua mãe ser agredida por seu pai. Depois de alguns anos, seu pai veio a falecer,  Deixando ele e a sua mãe, quando tornou-se dono do seu próprio destino, perdeu a sua mãe, mais conseguiu lhe proporcionar uma vida confortável nos seus últimos anos de vida.

Mesmo fazendo a sua mãe feliz, a sombra de um pai violento lhe acompanhava, tentava de tudo para não seguir os mesmos passos. Mais quando era contrariado sentia que tinha um homem furioso dentro dele, lutava com todas as suas forças para não liberta-lo.

Depois de um problema na empresa, ele sai, como de costume, segue para o mesmo restaurante, precisa ficar sozinho, respirar um pouco. Sente que se ele ficar lá, vai descontar em alguém, e não gosta de ser grosso, ou falar palavras duras. Ele segue para a mesma mesa, se senta e recebe uma ligação.

   Yaman, sei que está furioso, não podíamos cometer esse erro. Sinto muito! É que estou com problemas pessoais e errei em trazê-los para o meu local de trabalho.

    Tudo bem, não estou chateado com você, mais não podíamos perder aquele projeto, e para ele!

     Eu sei, droga! Como ele sabiá da nossa idéia? É muita coincidência.

     Sim, muita! Mais vamos esquecer! Vá para casa.

Desligam.

  Furioso Yaman soca a mesa, fazendo todos que estão no restaurante olhar assustados, ele disfarça.
Abaixa a cabeça, quando ergue a vista ver uma bela jovem sorri para ele. Yaman olha para os lados, e volta a olhar, sim! Aqueles lindos olhos verdes estão olhando na sua direção. Ela se aproxima, deixando ele um pouco encabulado e se senta, seus cabelos castanhos balançam:

      Dia ruim!?

      Sim!

     Bem vindo, mais você assustou as pessoas.

     Perdi o controle, mais já estou melhor!

     Descontrole, se sente impotente?

     Não!

     Sente aflição, incerteza?

    
     Não, preciso ir, e você não deveria perder seu tempo com alguém descontrolado.

    Hum, e o que devo fazer, como devo passar meus dias Senhor...

    Yaman!

    Lindo como você, não sorria assim, meu coração é frágil, não suporta pressão. Seria pedir muito, ter você um ano. Ou dóis! Morreria feliz. Ou têm outros planos?
   

     Não tenho, mais não posso ficar com você.

    Deixou-me triste!

     Agora eu preciso ir, Senhorita...

     Sevda!

   Sevda, tudo bem!

   Volta amanhã?

   Por quê? Vai está aqui?

   Sempre, esperando ser salva!

   Claro!

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     Sim, sempre!

    Então, nos veremos amanhã?
  
   Ou a noite!

   Não! Com licença!

Sevda leva a mão ao peito, respira fundo, Yaman fica olhando para ela, está pálida.

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