Ruas jazidas de belezas arquitetônicas
Charmosas, eloquentes
Capazes de furtar os olhos de sua gente.
Trajadas de cotidiano
andam aos montes, andam as pressas
por caminhos já marcados
pelos pés de donos cansados.
Sentem medo
não de serem furtados pela beleza
mas de serem roubados pelo outro
que mora no passeio público
debaixo de solas de sapatos.
Beleza triste
a podridão humana escalou suas paredes
envelhecendo por detrás da maquiagem de petróleo,
da indiferença de donos de pés cansados.
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Antítese
PoetryRio de mim, ora, poeta... Serão meus versos uma mentira minha ou eu uma mentira de meus versos?