Minha vida, frívola
Valoriza-a demais.
Há um verso que tic-taca
"Cautela meu amigo, a vida é uma só"
Tenho que vencer.
Alcançar meu ouro de tolo
correndo desesperado e apressado
por um sentimento vil.
Corro atrás de orgulho
Quero meu lugar ao pódio.
Por debaixo dos pés ligeiros
gasto o ano inteiro,
a vida me escapa.
Valorizo-a demais.
Não canso de mentir-me.
Esperança vã de encontrar meu dom pelo trabalho
Logo eu, vagabundo!
Tenho preguiça até de escrever
Aí mendigo atenção por versos
sobrevivendo das migalhas
e farelos de outros pensadores.
Não tenho que pensar.
Tudo já está pensado
Dito, desdito, desisto
Sou cópia.
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Antítese
PoetryRio de mim, ora, poeta... Serão meus versos uma mentira minha ou eu uma mentira de meus versos?