Say You Will Haunt Me

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–912. Qual sua emergência?

– Me ajuda por favor. Minha mãe não tá respirando e eu juro que vi os objetos da minha mesa voarem.


– Benner! Imprestável! Passe na clinica, pegue aquele cegueta que trabalha conosco e vá agora para a esquina da rua Valentine com a 4ª Avenida no centro. Recebemos um telefonema de uma garotinha de 9 anos. - Meu chefe me disse em um novo dia de trabalho - Aqui estão todos os dados que conseguimos reunir desde o telefonema - Ele me entregou uma pasta com diversos papeis


Rapidamente sai daquele local horrendo e fui para a clinica Rorschach onde expus o novo caso a Hermann. Sinceramente estava torcendo para que ele resolver de primeira novamente. Triste estar errado


– Ola senhorita Clarice - disse após estacionar o carro na vaga para clientes da clinica - O Doutor Hermann está?

– Bom dia, Senhor Benner. Está sim. O senhor sabe o caminho. - ela me respondeu com um sorriso

– Obrigado. Tem certeza que ele não tem nenhum cliente esse horário?

– Ele não te contou, senhor? Ele se demitiu. Não está mais trabalhando.

– Então porque diabos ele ainda está sentado naquela cadeira?

– O senhor também não sabia? Essa é a clinica da família dele. Ele é aposentado por invalidez além de receber com todos os lucros desse local. O Doutor é um homem muito bem financeiramente falando devido a isso.

– Ele é rico? - perguntei surpreso

– Não posso informar o valor exato mas posso dizer que os lucros desse local tem o faturamento com 5 zeros.


Segui em direção à sala dele inconformado com o valor que ele recebe. Levando em conta o fato dele ser um homem de poucos prazeres, não devia gastar tudo isso. A menos que divida com alguem. Ao chegar na porta dele, bati 3 vezes


– Entre, Baudelaire - ouvi a voz de Hermann e então entrei. Ele estava ouvindo musica e jogando uma bola para cima e pegando-a. - Ola Doutor, tenho um...

– Um caso. Sim, eu sei - Ele sorriu para mim com um ar de intelectual.

– Ah, claro. Minha alma lhe disse. Desculpe.

– Na verdade a pasta escrito "Confidencial" que você carrega lhe entregou.

– Ah - parei por um minuto e percebi que realmente estava a vista. - Verdade. Isso é um tanto óbvio. O caso que tenho aqui em minhas mãos é de um homicídio. - Sentei-me a mesa e coloquei a pasta ali. Espalhei alguns documentos na mesa dele. - A mulher era divorciada. Tinha duas filhas. Uma delas faleceu recentemente e a outra tem nove anos. Foi ela que fez a ligação. E ela diz que os objetos se moveram sozinhos após a suposta morte da mãe

– ABEL - Hermann Gritou - Deixa o Uriel fora disso!

– Hermann? O que foi isso?

– Quando éramos menores eu e o meu irmão Abel jogávamos rpg e o personagem dele controlava espíritos. Quer jogar?

– Hermann - censurei-o

– Estou com os dados aqui e lembro-me das regras de cor então não preciso ler nada. - ele se levantou e me mostrou um objeto que parecia um dado mas tinha 10 lados.

– Estamos num caso aqui.

– Eu sei que estamos num caso. Estou prestando atenção mais do que você inclusive.

Rorschach - Entre a Lei e a AlmaOnde histórias criam vida. Descubra agora