Knives and Pens

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Uma mulher chorando, sua casa com todas as portas quebradas e um homem com uma faca. Os olhos dele mostram extremo prazer. Ela sabe que tem que ficar parada, mas o corpo a trai constantemente. Ela ameaça ir, mas volta para o canto da parede. Após algumas vezes, ela cai sobre seu joelhos chorando.

– Por favor. Eu faço o que você quiser. Eu te dou qualquer informação, mas largue essa faca.

– Está bem. - O homem solta a faca e rapidamente a pega de volta ainda no ar. A mulher grita histericamente. - Por que disso? Foi você quem pediu. - O homem riu alto.

– Não. O que você quer?

– O que eu quero? - O homem jogou uma faca em direção ao rosto da mulher, mas a faca acerta a madeira da parede. A mulher tenta se levantar. - Fique parada. - O homem abre o sobretudo revelando duas dúzias de facas. - Não posso trabalhar sem minhas ferramentas.

– Deixa ele em paz! - O grito ecoou na casa.

– Vamos então fazer um jogo? - Ele tira quatro facas de seu sobretudo, pega três em sua mão direita e uma em sua esquerda levando-a para a exata posição em que estava antes. - Eu vou atirar as facas em você. Se você se mexer, a faca que está na minha mão esquerda cai.

– Sim, sim. - Ela fala apavorada. A primeira faca é arremessada.

Crava na parede exatamente em cima do couro cabeludo da mulher.

– Olha. E não é que você consegue mesmo? - O homem gargalhou. - Olha a segunda.

A segunda faca é arremessada rodando horizontalmente na direção da jugular da mulher e crava na parede rente ao pescoço, arrancando um filete de sangue fino.

– Diga-me. Já quis ter algum furo na orelha?

– O que?

Antes de responder, a terceira faca roda verticalmente e crava na parede. A faca cortou o lóbulo da orelha esquerda da mulher ao meio. O homem chutou um banco próximo recolhendo a mão esquerda para dentro do bolso. Colocou um pé sobre o banco.

– E então? Vai me contar o motivo dele ter morrido?

– Eu não sei. - A mulher chorava. O homem jogou uma faca na madeira próximo ao primeiro alvo. - Para! Eu realmente não sei!

– Só um minuto. - O homem pega o celular e o atende enquanto se ajeita e vai em direção aonde atirou a faca. Retira-a e fica jogando-a para o alto enquanto conversa no celular. - Diga, Lucy. Eu to resolvendo uma coisa importante aqui. Pode ligar depois? Ok. Manda um abraço pra ele.

– Pode parar de jogar a faca? Vai machucá-lo. - A mulher tentava se controlar mas chorava soluçando.

– Estou no telefone. - Ele fala tampando o celular com a mão. - É falta de educação. - E voltando a falar ao telefone. - Um abraço, Lucy. Até. - E então, minha cara?

– Briga de gangues?

– Resposta errada! - o homem jogou a faca pro alto e não fez menção de pegá-la.

– Não! - ela gritou. - Ele matou o garoto por ciúmes!

– Interessante. - ele pegou a faca antes de cair no alvo. As gotas de sangue de sua própria mão pingaram sobre a madeira.

– O garoto namorava a ex do homem que o matou.

– Um homem meu fazendo tal exposição por ciúmes? Preciso contratar novas pessoas.

– Pronto, já contei tudo! - a mulher chorava ainda mais. - Agora cumpra o que você disse.

– Tem razão. Eu prometi deixá-lo a salvo. - O homem acaricia o bebê que estava embaixo de sua mão ensanguentada. - Chega de jogar facas em você, pequeno. - O bebê dormia tranquilamente sem ideia de que fora ameaçado de morte e que havia uma faca cravada em uma das barras do berço rente a sua cabeça. - Mas. - O homem se virou para a mãe. - Você pode me seguir. Minha promessa era manter o bebê a salvo se você me contasse a verdade. - A mulher tenta desesperadamente levantar. - Não disse nada sobre você. - E a ultima faca entra no pescoço da mulher, matando-a quase que instantaneamente.

O homem sai da casa com o bebê no colo, ainda dormindo, e ao chegar em uma rua movimentada, liga para alguém. Cerca de quinze minutos depois, um carro preto chega à rua.

– Quem é o bebê, Dylan? - o motorista pergunta enquanto Dylan Reek entra no carro.

– Ninguém importante, mas prometi que não o faria mal se informações me fossem reveladas. Deixá-lo sem mãe seria algo ruim. - ele acariciou o rosto do bebê - E eu não descumpro uma promessa sequer.

Rorschach - Entre a Lei e a AlmaOnde histórias criam vida. Descubra agora