Secrets

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- 912, qual sua emergencia?

- Um acidente de carro causou umas mortes aqui na avenida principal.


Depois de uma noite não muito bem dormida, sai da minha cama com uma ligação do meu chefe. Porque ele não me deixa atender as ligações de emergencia de Everfrost nunca irei entender. O fato dele estar na Noruega só piora a explicação. Mas me troquei e fui de moto até o local do crime. Um simples acidente. Não precisaria do Hermann. Ao chegar na avenida, vi que os policiais já haviam enquadrado o local.


- Bom dia, chefe - um deles disse pra mim.


- Quero as imagens das cameras. - Fui direto ao ponto. - e todas as possiveis testemunhas desse caso.


- Ja temos tudo isso anotado. - ele me respondeu


- Qual seu nome?


- Soren, senhor.


- Soren, me entregue tudo e depois vá a Clinica Demetrius e contate o Doutor Hermann. Precisarei dele.


- Sim, senhor. - Soren me entregou os papeis e pegou o celular. Colocou ele no ouvido e saiu.


Comecei a ler os papeis que indicavam que tiveram 4 mortes. O motorista do carro bateu em uma moto que descontrolada acertou dois pedestres. Todos morreram.


- Não tenho nada o que fazer aqui.


- Senhor. - Soren voltou. - O Doutor Hermann não pode atende-lo, senhor. Ele está em consulta, senhor.


- Mas o Hermann não trabalha lá.


- Desculpe, senhor. Mas foi o que me disseram, senhor. Ele está atendendo clientes, senhor. É uma clinica, senhor. Psicologia, senhor.


- Voltou da igreja agora, foi? - perguntei rindo do jeito dele dizer "senhor" no fim de cada frase


- Não, senhor. Porque, senhor?


- Deixa pra lá. Continue averiguando o perímetro. - Odeio ter que ser formal. Como o Hermann consegue? - Vou até a Clinica.


Fui de moto até a clinica e então subi direto. Entrei sem nem bater na porta e vi Hermann de costas com uma garota deitada no divã.


- Intromissão - a voz do Hermann estava calma enquanto a mulher parecia assustada. - Nem sequer bate na porta, diz que eu não trabalho e ainda ia me forçar pra mais um caso. Francamente Baudelaire, isso são modos? Chamarei Olaf para lhe perseguir.


- D-D-Desculpe. - Sentei-me sem nem perguntar como ele sabia que era eu.


- Sente-se. Agatha, este senhor é Benner. Meu coassociado da clinica. - Porque Hermann está falando de mim assim? Não trabalho aqui. Não sou nada dele. - Claro que ele sabe que agora estou em um momento de trabalho. Ele insistiu em assistir alguma consulta minha. Espero que não se importe.

Rorschach - Entre a Lei e a AlmaOnde histórias criam vida. Descubra agora