Depois de explicar o que aconteceu para Sophia, ou melhor, explicar, com detalhes, o que não aconteceu, ela me deixa em casa. Em casa, vou ao banheiro, lavo meu rosto, tiro toda minha roupa e entro no box para um banho relaxante após um dia longo e, se podemos dizer, exaustivo.
Tenho costume de tomar um relaxante banho após dias cheios, me passa um sensação de tranquilidade e troca de energia. Antes que possa alterar a temperatura da água, desligo todas as luzes, deixando, apenas, a led acessa e, por fim, aromatizo o banheiro, deixando-o com um tranquilizante cheiro de lavanda.
Durante o banho, me perco, como na maioria das vezes, em meus pensamentos, relembrando algumas coisas que aconteceram essa noite. Um complexo de sentimentos percorrem minha mente e eu definitivamente sei o motivo.
Quando saio do banho, vou ao meu quarto, ligo meu ar condicionado e coloco um pijama confortável. Deito-me em minha cama, pego meu celular e vejo algumas novas notificações – alguns novos seguidores do elenco e umas mensagens antigas.
Após alguns minutos mexendo no aparelho, o desligo e tento dormir, já que amanhã acordaria cedo para trabalhar.
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Acordo, pontualmente, às seis em ponto. O dia de hoje seria tão longo quanto o outro: Teria que ir ao estúdio resolver algumas papeladas, a parte burocrática do projeto. Às 12:00 tenho que estar no trabalho e fazer o de sempre: Atender telefonemas. Já a noite, depois desse longo dia, presumo que só irei querer descascar – mesmo sendo domingo.
Como de costume, antes de levantar, sento-me na cama e observo pela pequena janela do meu quarto a agitada cidade ao meu redor. Depois de alguns segundos, desperto completamente e vou ao banheiro, escovo meus dentes e limpo minha pele – lavo, esfolio e hidrato. Antes de tomar banho, volto a meu quarto e separo uma roupa extremamente básica: uma calça jeans acizentada, um cropped sem manga da mesma tonalidade e uma jaqueta longa de couro. Após isso, finalmente tomo banho.
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Depois de pronta, desço até o térreo e pego um táxi para o estúdio. No caminho, mantenho contato com Mike.
Depois de longas noites de conversas e eventos, hoje finalmente é o dia de assinar o contrato. Pelo que Ryan havia conversado comigo, assinaria o contrato, especialmente, para um filme só, onde trabalharia como coadjuvante – ou melhor, era isso que estava nos planos. Como principiante, não iria receber um salário mensal, receberia, pelo que Mike me disse, 5 mil dólares por todo o filme.
Outra que se eu quisesse fechar contrato fixo, teria que analisar, também, outros diretores. Durante a faculdade de cinema, encontrei áreas que me interessava mais: dramas ou clichês, nunca cheguei querer trabalhar com filmes ou séries, não que se aparecesse, iria rejeitar o papel, mas não seria o meu favorito, claro. O filme que vou atuar foi escrito e diretorado por Ryan Murphy e Michael Fimognari, um dos meus diretores favoritos. Não cheguei entrar em contato com o mesmo virtualmente – nem Mike, que, se assim podemos dizer, administrava meu currículo. Mas, no set, vai que aconteça algo, não é?
Perto do estúdio, sinto meu corpo todo tremer, minhas mãos suavam e minha cabeça estava relativamente doendo. Tentando não me abalar, bebo metade da minha garrafa de água e respiro fundo, várias e várias vezes. Chegando no local, pago o táxi e vejo Mike, que me esperava na porta – já que não tinha o cartão de acesso.
– Nervosa? – Mike pergunta, mesmo sabendo a resposta.
– Bastante, Mike, bastante. – O respondo.
– Fiz uma coisa que acho que vai ajudar você. – Ele começa. – Sei que, depois de mim, claro, Michael é seu diretor favorito. E por pura ironia do destino, favor divino, seja lá como você quer chamar, você 'tá tendo a oportunidade de trabalhar com ele. Antes de você chegar, tomei a liberdade de mostrar alguns papéis seus: alguns papéis seus da faculdade, suas melhores peças teatrais e alguns papéis em filmes. Ele disse gostaria de conversar com você hoje. Nem precisa me agradecer. – Finaliza.
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𝐒𝐄𝐓, 𝐄𝐕𝐀𝐍 𝐏𝐄𝐓𝐄𝐑𝐒.
Fanfiction🎥┆𝐓𝐄𝐄𝐍 𝐅𝐈𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍 𝐉𝐮𝐥𝐢𝐞 é uma jovem brasileira que sonha em ser atriz, entretanto quando você cresce em uma pequena cidade vista marginalizada do Rio de Janeiro, as coisas não fluem com tanta facilidade. Um dia, navegando em seu com...