🎞️ | eight.

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Acordo, no dia seguinte, mais cedo que o normal e com uma baita dor de cabeça. Antes de levantar, me sento na cama, lembrando de todos os detalhes da noite passada.

Quando desperto totalmente, levanto e vou ao banheiro tentando fazer o mínimo de barulho possível. No cômodo, lavo meu rosto com a água mais gelada possível, escovo meus dentes e prendo meu cabelo da forma mais prática e despojada existente: um coque.

Antes de acordar Evan, preparo tudo que ele poderia precisar: remédios para dor de cabeça e estômago, uma garrafa de água e um café da manhã saudável, algo que não costumo fazer. Além disso, ligo para a lavanderia do prédio e peço que traga minhas roupas vai que, por sorte, eu encontre alguma roupa masculina. Assim que desligo a ligação, vou ao quarto de hóspedes. Giro a maçaneta delicadamente, e vou até a janela, abrindo a cortina e deixando a luz do sol irradiar no cômodo.

– Bom dia, Peters. – Falo indo até a cama, me sentando ao seu lado.

– Já? – Ele murmura, com os olhos ainda fechados.

– Já! Não quero que você se atrase. – Respondo-o.

– Que horas são? – Ele fala, se sentando na cama coçando os olhos, despertando.

– Quase uma e é segunda-feira, creio devíamos estar com Ryan agora. – Respondo simples e ele levanta rapidamente.

– Quase uma? Eu tenho... – Ele fala, olhando para o relógio ao lado da cama que estava. – Tenho menos de meia hora para estar bem.

– Bom, isso não será tão difícil. Toma a água e os remédios que deixei para você em cima da mesa, enquanto vou à lavanderia buscar uma roupa para você. – Instruo e ele me olha de cima a baixo rindo.

– E você vai assim? – Ele aponta para meu pijama e eu o olho ironicamente. Bobo.

– Você está julgando meu pijama dos ursinhos carinhosos? É isso que recebo após cuidar de você?

– Não estou julgando! Para ser sincero, achei uma gracinha. Eu só perguntei, não se ofenda. – Ele responde e levanta os braços como redenção. Eu olho para ele e rio.

– Acho bom! Agora vá, vai tomar banho! – Falo, empurrando-o para o banheiro.

Enquanto Evan toma banho, desço para ir à lavanderia. Meu prédio era bem localizado, mas não muito, ocupado então não havia problema algum em sair de pijama. E outra que, estávamos atrasados e eu não iria perder tempo trocando de roupa para isso. Chegando ao local, vejo Mary, a senhora que lá trabalha.

– Boa tarde, Mary. Como a senhora está? – Pergunto e a senhora simpática me olha, sorrindo.

– Boa tarde, querida. Estou muito bem e você?

– Estou bem também, Mary. Faz tempo que não conversamos, não? E os netinhos, como estão? – Início uma conversa com a mesma. Sabia como Mary era solitária.

– Ah, eles estão bem, graças a Deus. Meus filhos continuam sendo aqueles ingratos de sempre, não gosto nem de tocar no assunto.

– É, realmente uma situação complicada. – Respondo cabisbaixa e ela me olha, mudando de assunto.

– Você falou comigo pelo telefone? Já ia subir com suas roupas! – A senhora fala, pegando a cestas onde estavam minhas vestes.

– Vim poupar seu trabalho, suponho que tenha muitas entregas hoje.

– Ah, que nada! A maioria das pessoas desse prédio não prezam por uma boa lavagem, geralmente vão em uma mais barata. – Ela fala e eu noto o tom triste.

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⏰ Última atualização: Aug 02 ⏰

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𝐒𝐄𝐓, 𝐄𝐕𝐀𝐍 𝐏𝐄𝐓𝐄𝐑𝐒. Onde histórias criam vida. Descubra agora