Acordo, no dia seguinte, mais cedo que o normal e com uma baita dor de cabeça. Antes de levantar, me sento na cama, lembrando de todos os detalhes da noite passada.Quando desperto totalmente, levanto e vou ao banheiro tentando fazer o mínimo de barulho possível. No cômodo, lavo meu rosto com a água mais gelada possível, escovo meus dentes e prendo meu cabelo da forma mais prática e despojada existente: um coque.
Antes de acordar Evan, preparo tudo que ele poderia precisar: remédios para dor de cabeça e estômago, uma garrafa de água e um café da manhã saudável, algo que não costumo fazer. Além disso, ligo para a lavanderia do prédio e peço que traga minhas roupas vai que, por sorte, eu encontre alguma roupa masculina. Assim que desligo a ligação, vou ao quarto de hóspedes. Giro a maçaneta delicadamente, e vou até a janela, abrindo a cortina e deixando a luz do sol irradiar no cômodo.
– Bom dia, Peters. – Falo indo até a cama, me sentando ao seu lado.
– Já? – Ele murmura, com os olhos ainda fechados.
– Já! Não quero que você se atrase. – Respondo-o.
– Que horas são? – Ele fala, se sentando na cama coçando os olhos, despertando.
– Quase uma e é segunda-feira, creio devíamos estar com Ryan agora. – Respondo simples e ele levanta rapidamente.
– Quase uma? Eu tenho... – Ele fala, olhando para o relógio ao lado da cama que estava. – Tenho menos de meia hora para estar bem.
– Bom, isso não será tão difícil. Toma a água e os remédios que deixei para você em cima da mesa, enquanto vou à lavanderia buscar uma roupa para você. – Instruo e ele me olha de cima a baixo rindo.
– E você vai assim? – Ele aponta para meu pijama e eu o olho ironicamente. Bobo.
– Você está julgando meu pijama dos ursinhos carinhosos? É isso que recebo após cuidar de você?
– Não estou julgando! Para ser sincero, achei uma gracinha. Eu só perguntei, não se ofenda. – Ele responde e levanta os braços como redenção. Eu olho para ele e rio.
– Acho bom! Agora vá, vai tomar banho! – Falo, empurrando-o para o banheiro.
Enquanto Evan toma banho, desço para ir à lavanderia. Meu prédio era bem localizado, mas não muito, ocupado então não havia problema algum em sair de pijama. E outra que, estávamos atrasados e eu não iria perder tempo trocando de roupa para isso. Chegando ao local, vejo Mary, a senhora que lá trabalha.
– Boa tarde, Mary. Como a senhora está? – Pergunto e a senhora simpática me olha, sorrindo.
– Boa tarde, querida. Estou muito bem e você?
– Estou bem também, Mary. Faz tempo que não conversamos, não? E os netinhos, como estão? – Início uma conversa com a mesma. Sabia como Mary era solitária.
– Ah, eles estão bem, graças a Deus. Meus filhos continuam sendo aqueles ingratos de sempre, não gosto nem de tocar no assunto.
– É, realmente uma situação complicada. – Respondo cabisbaixa e ela me olha, mudando de assunto.
– Você falou comigo pelo telefone? Já ia subir com suas roupas! – A senhora fala, pegando a cestas onde estavam minhas vestes.
– Vim poupar seu trabalho, suponho que tenha muitas entregas hoje.
– Ah, que nada! A maioria das pessoas desse prédio não prezam por uma boa lavagem, geralmente vão em uma mais barata. – Ela fala e eu noto o tom triste.
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𝐒𝐄𝐓, 𝐄𝐕𝐀𝐍 𝐏𝐄𝐓𝐄𝐑𝐒.
Fanfiction🎥┆𝐓𝐄𝐄𝐍 𝐅𝐈𝐂𝐓𝐈𝐎𝐍 𝐉𝐮𝐥𝐢𝐞 é uma jovem brasileira que sonha em ser atriz, entretanto quando você cresce em uma pequena cidade vista marginalizada do Rio de Janeiro, as coisas não fluem com tanta facilidade. Um dia, navegando em seu com...