Prólogo " Desenhos ganham vida "

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" Fãs vêm perguntando frequentemente nas redes sociais sobre a seu último pôster, qual seria o seu sentindo! Aproveitando o momento, explique para eles! " A apresentadora aponta para a câmera a frente, um sorriso forçado em seu rosto poderia se ver.

A loira segura o hambúrguer
entre as mãos o levando até a boca suja por algumas migalhas. O olhos se manterá sempre vidrado na tela da tv, sem ao menos perder a concentração em cada palavra dita pelo entrevistado. Todavia, coloca o pão no prato, e logo gira a cabeça para o lado, tendo em sua visão a sua irmã do meio, um pouco maior que ela apenas quatro anos. A mesma desenhava em seu caderno enquanto murmurava sua música favorita.

" O que será esse poste? " Há tempos não havia entrando no aplicativo, até mesmo havia o desinstalado, quando teve uma certa impressão que ele tomava bastante memória. O que lhe restou perguntar a sua irmã.

" Não sou muito fluente em japonês, mas pouco que entendi, falava sobre vida. " Dar de ombros se levantando da cadeira que estava sentada para sentar-se ao lado de Amanda.

" ... Muitos me chamaram de louco, mas acho que está mais do que na hora de esclarecer as coisas!... " A euforia bate a porta do coração, a cada minuto acelerando, em questão de minutos parecia um tambor.

" Acredito existir outro mundo além desse. Trata-se de outra realidade, criada por nossa forte imaginação. Sem percebermos damos vida as seres que antes fictícios, agora vivos! " Explicou finalizando a frase, para tomar um gole de água. A repórter olha para o lado sempre com o mesmo sorriso falso. Em seu olhar poderia ver um misto de gozação e confusão. Assim como o próprio Mashashi havia dito, todos os chamariam de louco. Todos menos, é claro, menos elas!

As irmãs se entre olham assustadas com tal afirmação, vindo do próprio criador do anime. Isso não era justo! Ele definitivamente estava alimentando esperanças que à tempo existia no coração de cada uma. Ainda que Amanda quisesse não concordar, não importa quantas vezes negasse, Maria sabia a verdade. Ela o amava profundamente.

" Então você acredita haver vida, além de simples imagens 2D? " A apresentadora torna a perguntar para se ter certeza que ele realmente estava falando serio.

Será...? Pensaram juntas ao mesmo tempo, sempre acreditando nessa possibilidade. Se isso era loucura? Foda-se! Se Mashashi Kishimoto era louco, elas também eram loucas em doze dupla. O que vítimas otakas em  um relacionamento sério não pensará  se não for loucuras por eles? A acastanhada se aproxima mais da tv quando teve uma certa dificuldade em ler a legenda abaixo.

" Só não acredito, como também tenho certeza que eles possam estar entre nos humanos, e não temos consciência disso...! " Foram palavras certas, miradas justamente no peito.

             ~ ¥ ~

O cansaço estava bem explícito no rosto. Adentrar o quarto e esconder-se entre os seus lençóis era o seu último desejo, principalmente em um clima frio como agora. O homem arrasta a cadeira para trás, fazendo um barulho estridente, para que assim pudesse levantar. Segue em direção a pia com o prato em mãos, logo o jogando ali dentro pouco dando importância em lavá-lo agora. Todas as migalhas de comida caídas na mesa, foram juntados com a mão e jogados no lixo. Ufa! Finalmente havia acabado, não se tinha mais nada para se preocupar.

Mashashi solta um pequeno riso, lembrando-se bem da última vez que sua esposa o abrigou a limpar a mesa suja. Dessa vez não há nada para se reclamar! Pensou enquanto aperta o receptor de luz, desligando todas as lâmpadas da casa, tornando o ambiente antes iluminado, agora em um verdadeiro breu. Não se preocupara em caminhar na escuridão até o seu quarto, já havia decorado todo o caminho. Subindo a escadaria, degrau por degrau, sentirá um frio na espinha e as pernas tremer em frio ou talvez temor. O que era uma novidade, afinal não temia a nada! Ainda subindo as escadas tentando não dar muita importância a isso, em movimento rápido se agarra ao corrimão, quando ouvirá além do seus passos, de mais alguém correndo na casa. O medo aumentou de certa forma, todavia, não poderia ficar ali parado. Invadiram minha casa! Cogitou no exato momento em que ouviu a porta ser aberta do seu escritório, graças ao rangido, que alguns dias atrás o achava irritante e insuportável.

Quando adentra em seu quarto, rapidamente vai em busca de uma lanterna, como única fonte de luz no momento. Encontra o objeto na gaveta ao lado de uma foto guardada. Preciso averiguar! O correto era manter-se em seu quarto seguro do alcance do invasor, mas não conseguia pensar direito em completo desespero. Suspira fundo antes de abrir a porta e acender a lanterna azul. O corredor com alguns quadros é iluminado revelando uma janela ao lado aberta, o que era suspeito e mais um motivo para acreditar em uma invasão. Sem perda de tempo segue reto o corredor sempre com o olhar vidrado na porta do escritório entre aberta. De supetão adentra o ambiente, notando primeiramente o silêncio e a normalidade presente no ar. Não havia nada estranho ou suspeito! Por alguns segundos cogitou a idéia de estar enlouquecendo, talvez passar muito tempo trancado no local, tenha lhe prejudicado a mente. Palavras sabias de sua esposa. Então ele sorriu balançando levemente a cabeça. Lhe restava apenas voltar para o quarto e esperar mais uma ligação de algum programa, ansiando lhe entrevistar. Todavia, os seus planos vão para água abaixo e o sorriso desaparece dos lábios, quando o caderno de capa preta apenas, se encontrava jogado no chão.

" O que você está fazendo aqui? " Masashi se agaixa no chão ficando à altura da poltrona. Olha ao redor se certificando que não havia mais ninguém ali consigo. Seja lá quem fosse obviamente adquiria interesses em seu objeto de trabalho. Segura o caderno em mãos o tirando do chão, levanta e vai até o sofá sentando-se.

Os dedos trêmulos abre-o em rapidez, não se manteria tranquilo até ver com os seus próprios olhos as animações que havia desenho com bastante esforço. Não pode ser! Arregala os olhos em surpresa, a confusão estava bem presente em seu olhar. O que via a sua frente era uma verdadeira incógnita. Folheia as páginas desesperado em busca do seu trabalho de tantos anos, mas tudo o que encontrará fora as folhas em completo branco.

Mashashi levanta enquanto puxa o coro cabeludo, sentia-se perdido em meio ao caos. Como algo assim poderia acontecer, em tão pouco tempo? Até mesmo as lembranças  se iam de sua memória, os personagens desenhados pelo próprio, agora eram inexistentes, como se nunca tivessem existidos. Sim! Eles estão aqui! Deixaram a folha para trás e tornaram-se reais! Em uma noite de sexta feira, fora a única explicação vista aos seus olhos, por mais louco e lunático fosse.

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