Cap 18.- Não posso voltar.

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  Os 2 dias que eles passaram na vila Aaru foram tranquilos,  não tiveram muitas tempestades de areia para ameaçarem os habitantes.

O mistério das pessoas desaparecidas estava parcialmente solucionado, já que  naquele laboratório bizarro eles tiveram um vislumbre de onde os ex acadêmicos foram parar.

  Cyno se perguntou sobre as pessoas que aquele desgraçado enviou a outras nações, não demoraria até isso se tornar um outro problema.

Mas por agora, eles deveriam focar em resolver o problema da academia.

As rédeas da cidade de sumeru estavam nas mãos de pessoas que definitivamente não tinham condições de cuidar de uma nação.

O deserto ficava com os restos, até os habitantes menos favorecidos da cidade principal estavam sofrendo. Só a elite academia tinha direito a refeições decentes e acesso à educação.

Tirando-o de seus pensamentos, Tighnari cutucou Cyno, mostrando que Candace havia voltado e estava acompanhada.

Cyno estava euforico, ele não via Dehya a muito tempo.

Conforme elas se aproximaram, Dehya deu um soco no único braço restante de Cyno.

- Pra deixar claro, eu ainda não te perdoei e só vim aqui porque o que a Candace me pede sorrindo... que eu não faço chorando.

Cyno deu um sorriso sincero.

- Não espero que entenda meus motivos, mas eu fiz o que foi preciso...

- Percebi, até tem uma parte faltando.- Dehya riu.

Candace chamou a atenção de sua amiga, fazendo-a se lembrar da razão da sua visita.

Dehya tirou de uma grande sacola de pano, algo embrulhado de forma bem amadora.

- Independente de você ter nos deixado ou não, todos somos adultos e você sempre será meu irmãozinho.- Dehya entregou o presente.- Espero que goste, é de última tecnologia.

Tighnari também estava curioso, ele observou cada mínimo detalhe enquanto Cyno rasgava o embrulho.

Era um braço mecânico, com detalhes dourados e linhas prateadas.

- Eu.. não sei o que dizer.- Cyno puxou Dehya para um abraço apertado.

- Eu não sei o que esse orelhudo fez, mas você mudou muito, Cyno.- Dehya deu umas batidinhas nas costas do platinado.- Agora me solta.

Depois uma longa conversa de como Dehya convenceu um artesão a fazer esse trabalho magnífico, Cyno o colocou, no início foi bem dolorido, parecia que raízes estavam entrando no que restava de seu braço.

Depois que a dor passou, ele conseguia movimentar os dedos e se sentiu completo novamente.

- Ele tem uma ótima resistência elemental, vai ser de grande ajuda.- Dehya andou em direção a uma carroça cheia de caixas com palha.- Vou dar uma mãozinha no seu plano maluco.

Cyno sabia que toda ajuda seria muito bem vinda. Então depois de organizarem tudo que eles precisavam, Dehya reuniu alguns eremitas para ajudá-los. Já que o rosto de Nari e Cyno provavelmente estariam estampados por toda sumeru.

       •~.~•

Era uma manhã qualquer para um guarda de sumeru, um em questão estava de vigia na entrada comercial da cidade.

Ele estava ciente que qualquer pessoa suspeita devesse ser levada imediatamente para o grande sábio, principalmente os traidores da academia.

Anubis - CynoNariOnde histórias criam vida. Descubra agora