Seguindo a vida

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Quinze dias depois da viagem...

Fernanda pov:

Já se passaram quinze dias desde da última vez que vi a Duda, não sei como ela está, a única coisa que sei é que Caio lhe visitou e me prometeu que ela aceitará o dinheiro. Queria tanto está perto dela, poder sentir seu corpo, seu cheiro.
- Terra chamando Fernanda! - Minha mãe me tira dos meus pensamentos.
- Oi mãe, tava aqui pensando....
- Na Eduarda neh filha. - Minha mãe estava sentada do meu lado na varanda. - Nunca vi minha filha se auto sabotar desse jeito.
- Mãe eu já te expliquei a situação, e se fosse ao contrário ela não deixaria eu me afastar de vocês.
- Ao contrário nada, não tenho pensamentos horríveis igual desse senhor não, pra mim o que importa é a felicidade da minha filha.
- E meu amor, a Valentina não para de perguntar, ela disse que não pergunta a você pra não te chatear, mas está com saudades e quer falar com ela.
- Eu sei mãe, eu acabei me estressando com a minha filha, aí mãe não sei mas o que fazer.
- Você sabe sim senhorita Fernanda, minha filha volta pra essa garota que te faz feliz. Pensa bem, vou entrar e ligar pro Caio, vê se consigo falar com essa Eduarda, tô vendo a hora minha neta ficar doente sem conseguir falar com ela e nem vem dizer que não, na casa da sua mãe manda eu.
Minha mãe estava tão preocupada com a gente e ela sabia que era bem capaz da neta ficar doente mesmo, e eu queria mesmo ter alguma novidade da Duda.

- Tá certo meu querido, obrigada por fazer esse favor pra mim. A tia Márcia está sim com saudades de você, te amo meu querido, beijos.

- Quem era mãe?
- O Caio minha querida. Ele me disse que sua namorada viajou pro Nordeste. - Eu quase caí pra trás.
- Como assim mãe ela viajou?
- Assim como você viajou minha filha.
- Tá mas o que mas o Caio falou?
- Disse que ela fez uma viaje com amigos e me mandou essa foto. - Corri a onde estava minha mãe pra vê e a primeira pessoa que eu reconheço e está com a mão na cintura da Duda é ele "Adolfo".
- Eu não acredito nisso. Aí que raiva desse cara.
- Quem minha filha. - Minha mãe me olhava assutada com meu grito.
- Essa cara que está segurando a cintura da Duda é o ex dela, que tava querendo voltar, pelo visto ela não esperou nem o lugar esfriar.
Largo o celular no sofá e subo pro quarta, e lá no meu refúgio eu desabo no choro que dói até a alma, não acredito que eu perdi ela e não podia nem dizer nada já que foi eu que abandonei ela, deixei livre, eu só devia seguir em frente sofrendo por não ter mas ela do meu lado.

Eduarda pov:

Viajei pro Nordeste com alguns amigos, vamos passar só uma semana mas já ajuda a sair daquela bolha de sofrimento que eu estou desde de que Fernanda viajou, e eu não soube mas notícias dela, então tive certeza que ela não queria mesmo mas nada comigo, o Adolfo tem sido um bom amigo já que Bia não pode nos acompanhar, ele me escuta e entendi que não vai rolar mas nada entre nós, só amizade, até me aconselhou a esperar por ela, mas acho que não temos mas solução. Voltei a falar com meus pais, fazia duas semanas que eu não queria recebê-los e atender suas ligações, mas são meus pais, meu pai pediu desculpas e minha mãe disse que nunca concordou com o que ele fez e disse que se soubesse não teria deixado ele ir falar com Fernanda. Estamos em uma festinha e meu celular começa a tocar, e quase deixo ele cair quando vejo quem é. É ela. Depois de semanas ela me liga.

- Pois não!
- A onde você está Eduarda?
- Há a bonita lembrou que eu existo, olha que engraçado.
- Eduarda para de graça, me fala logo, que suada é essa, onde você está?
- Na puta que te pariu Fernanda, é a onde eu estou, se manca, você some e quer satisfação depois de semanas.
- Eu tive motivos pra isso, e respeita minha mãe!
- Desculpa!
- Diz Duda, você voltou com seu ex?

Naquele momento eu queria que ela sofresse por está me fazendo sofrer, ela poderia ter ficado e a gente resolveria tudo, era decisão minha se ficava com ela e enfrentava meus pais, mas ela preferiu me abandonar.

- Sim, estou com ele. Estou solteira não é, preciso aproveitar. - Ela fica em silêncio por alguns segundos.
- Você tem o direito de ser feliz Eduarda, se cuida. Tchau.

Ela realmente não ia lutar por mim e eu deveria seguir em frente, lutar por algo que já não está no meu controle é impossível, e esquecer ela é difícil não tem como, sinto meu rosto molhado e as lágrimas descem sem controle, Adolfo me ampara e me levar de volta pro hotel. Minha noite tinha acabado.
A semana passou voando e já estamos no avião de volta pro Rio, foi maravilhoso até certo ponto, mas depois eu reagi. Cheguei em casa e precisa de um banho relaxante mas sou impedida pelo meu telefone.

- Caio? Algum problema? Você me ligando.
- Oi Eduarda onde você está?
- Acabei de chegar no Rio, tava viajando.
- É eu sei. Preciso falar com você e é urgente.
- Aí Caio o que foi, aconteceu alguma coisa com a Fernanda? A Valentina? Fala Caio.
- Não a Fernanda tá bem, o problema é com a pequena Valentina.
- O que aconteceu?
- Eu posso passar na sua casa, e preciso saber se você está disponível e disposta a viajar comigo ainda hoje daqui a três horas na verdade.
- Se for por uma delas duas é claro que estou.
- Ótimo, pega alguns casacos tá, e obrigado.
- Tá vou tomar um banho e arrumar a mala.

Meu coração tá errando até às batidas, o que aconteceu com a minha princesa, e a Fernanda deve tá precisando de mim.

A babá da minha filha Onde histórias criam vida. Descubra agora