Conhecendo a Valentina

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Então gente, espero que estejam gostando...







12:45...
- A creche não é tão distante, não sei porque essa demora do Caio. - Ela já estava impaciente, dava pra vê pela veia que só faltava pular da sua testa.
- Olha não se preocupa, daqui a pouco eles chegam. Seu namorado deve dirigir devagar. - Ela me olha, não sei se quer sorrir ou me matar.
- Então Eduarda, o Caio não é meu namorado, ele é meu melhor amigo e é gay. - Ela termina de fala já sorrindo, é eu sou muito palhaça mesmo.
- Desculpa, eu pensei que uma mulher como a senhora, solteira é que não é.
- Há não, realmente não sou, meu namorado é de São Paulo então ele só vem nas feiras, próximo mês ele chega.
- Romance a distância machuca neh? - Sério que eu disse isso? - Quer dizer, não sei se é seu caso.
- As vezes sim as vezes não. - Ela me olha enquanto segura o telefone, mas essa mulher tem uns olhos lindos, é castanho escuro, mas que é fascinante.
Não demora muito e a porta se abre e que porta hein, Fernanda logo vira na direção e uma pessoinha minúscula vem correndo, Fernanda de abaixa e lhe pega no colo e distribuindo vários beijos.
- A onde a mocinha estava hein?
- Mãe o tio caio me levou pra tomar sorvete.
- É sério Caio, já te falei cara, várias vezes que sorvete só depois do almoço.  - Sinto ela um tanto irritada.
- Há Fernanda relaxa foi só um, e esse seu mal humor é falta do Carlos, ou melhor do sexo do Carlos. - Ele falou baixinho pra pequena não ouvir.
- Mãe não briga com ele. - A voz doce fez Fernanda mudar rapidamente o semblante. - Ele só faz isso por que me ama.
- Eu sei meu amor, a mamãe perdoa o tio bobo, mas agora eu quero que você conheça uma pessoa.
- Essa é a tia Eduarda, ela vai ficar com você alguns dias, e se você concorda ela vai ser sua babá, o que acha meu amor? - A pestinha me olha dos pés a cabeça e logo pula do braço da mãe.
- Hum é você que vai tomar conta de mim agora é?
Fiquei totalmente sem reação, como uma garotinha de quatro anos fala bem desse jeito e é atrevida assim?
- Sim, sim, se caso você aceitar neh, mas prometo que a tia aqui é muitooooooo legal. - Sinto o sorriso de Fernanda se abrir e logo me abaixo, pego nas mãos de Valentina.
- Você me permite te conhecer melhor mocinha?
- Mãe! - Ela olha em direção a Fernanda e sem largar minhas mãos. - Eu gostei dela. - Meu coração errou até às batidas com essa declaração.
- Sério princesa? - Caio estava de boca aberta.
- Sim tio, eu gostei, eu quero ela mãe. - E assim pulou nos braços da sua mãe repetindo a mesma frase.
- Ótimo meu amor, ótimo mamãe te ama sabia?
- Sim é claro mamãe.
Estou a um tempo conversando com a garotinha que não para de falar, ela é bem elétrica, e sim isso combina comigo rsrsrs. Sinto uma mão tocar meu ombro.
- Aceita ficar pra almoçar conosco?
- Há fica tia Eduarda?
- E como eu vou negar com essa carinha hein.
- Ótimo, vou pedir pra Sônia colocar mais um prato.
E conversar vai conversar vem, já passava das três horas da tarde, brincar com aquele ser foi bom demais.
- Agora eu tenho que ir princesa.
- Vai não tia Duda! - Dava pra sentir o desgosto dela em cada palavra.
- Minha querida amanhã a Eduarda vem novamente, ela vai ficar cuidado de você enquanto a mamãe trabalha.
- Então dorme aqui logo tia Duda.
- Valentina não seja mimada, vai se despeça da Eduarda, ela precisa ir.
E assim que Fernanda terminou de falar, a pequena saiu correndo escada acima chorando.
- Tá vendo, é isso que eu digo, ela tá muito mimada. - Senti a irritação dela de longe.
- Calma Fernanda, ela é só uma criança, e pelo jeito, pela primeira vez gostou da babá nova. - Caio disse tentando acalmar a amiga.
- Olha eu posso subir e falar com ela, vou me despedir. - Falei com receio de levar um não, e logo sinto seus olhos em mim.
Ela só deu com cabeça fazendo sinal pra mim subir, e Caio me acompanhandou até lá em cima. A pequena tava deitada na cama chorando, achei uma graça.
- Ei princesa, chora não amanhã eu tô aqui, vamos brincar um monte.
- E porque não pode dormir?
- Porque a tia precisa tomar banho, arrumar a casa pra voltar amanhã.
- Vai Valentina, não fica assim, sua mãe já tá começando a se chatear.
- Tudo bem, eu me rendo. - Aquela frase bastou pra mim e o Caio cair na gargalhada, mas logo escutamos aquela voz, a voz já estava suave novamente.
- Vejo que já estão animados neh.
- Sim mamãe, e a Duda vai vir brincar comigo amanhã e passaremos o dia todo brincando.
- Certo, mas tem atividades neh mocinha.
- Nossa mãe você sempre me lembra das coisas chatas.
Nos pegamos rindo novamente e dessa vez o jeito que Fernanda estava desarmada foi diferente, ela estava totalmente tranquila, era lindo de vê.
- Então fica aí com seu tio Caio que é a parte boa, que eu vou levar a Eduarda lá na porta.
- Tchau princesa, até amanhã. - Depósito um beijo em suas bochechas rosadas e logo me retiro. Sinto aquela mão pegar no meu braço de forma firme. Nossa que pegada, foi só o que eu consegui pensar.
- Olha Eduarda, ela é dese jeito aí, mimada, gosta de tudo do seu jeito, faz tempo que tô querendo mudar mas ela fica fazendo birra, não quero que faça todas as suas vontades e ela precisa fazer os deveres, mesmo que seja só pinturas.
- Não se preocupe Fernanda, eu tentarei mudar isso, ela vai ser uma nova Valentina, te prometo. - Por uns segundo ela me encara, quando de repente somos interrompidas pela Sônia a cozinheira, ela rapidamente solta meu braço.
- Diga Sônia!
- Ligação do senhor Carlos.
- Há sim, obrigada diga que já estou indo.
- É isso Eduarda, e mas uma vez obrigada pela sua presença, te espero amanhã.
- Até amanhã Fernanda.

A babá da minha filha Onde histórias criam vida. Descubra agora